Milícia que controla área de desabamentos no Rio é suspeita em morte de Marielle
Os chefes da milícia suspeita de controlar a região de Muzema, onde ocorreu o desabamento de dois prédios na manhã desta sexta-feira (12), também são acusados de chefiar o Escritório do Crime, grupo armado apontado como responsável pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), em março do ano passado.
Segundo o Ministério Público, o major da Polícia Militar Ronald Alves Pereira, e o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Adriano Magalhães da Nóbrega, foram denunciados por grilagem e exploração imobiliária ilegal nas comunidades de Rio das Pedras e Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Nóbrega, que trabalhou no 18º Batalhão da PM com Fabrício Queiroz, ex-assessor de gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), dirigia o esquema de construção civil ilegal das comunidades. Já Pereira é denunciado por comandar negócios ilegais da milícia, entre eles, grilagem de terra e agiotagem.
Os milicianos foram alvo da Operação Os Intocáveis, deflagrada em janeiro deste ano, suspeitos de estarem envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Pereira foi preso por conta da operação, já Nóbrega conseguiu escapar e segue foragido.
A região de Muzema é conhecida por estar sob controle de milicianos – que teriam sido os responsáveis pela construção dos edifícios. A prefeitura do RJ afirmou que eles estavam em situação irregular.
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