Ministério da Agricultura interdita cervejaria Backer após contaminação de lote

O governo também determinou a apreensão de mais de 16 mil litros de cervejas. A substância dietilenoglicol foi encontrada em amostras da cerveja pilsen, da marca Belorizontina, em dois lotes produzidos pela empresa

  • Por Jovem Pan
  • 10/01/2020 20h10
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Reprodução / Backer Secretaria da Saúde do Estado de Minas Gerais recomenda que nenhuma cerveja da Backer seja consumida

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) interditou nesta sexta-feira (10) a cervejaria Backer, que fabrica a cerveja Belorizontina, após laudos da Polícia Civil de Minas Gerais revelarem uma substância tóxica em dois lotes do produto.

De acordo com as investigações, a substância conhecida como dietilenoglicol, usualmente empregada na produção de bebidas industriais, teria provocado a morte de uma pessoa e a internação de outras sete.

De acordo com o Ministério da Agricultura, diante do risco iminente à saúde pública, fica determinado o fechamento da cervejaria. “Na mesma oportunidade, foram determinadas ações de fiscalização para a apreensão dos produtos que ainda se encontram no mercado”, diz a nota.

A substância dietilenoglicol foi encontrada em amostras da cerveja pilsen, da marca Belorizontina, nos lotes L1 1348 e L2 1348, produzidas pela Backer. Auditores fiscais continuam apurando as circunstâncias em que ocorreram a contaminação.

“Análises laboratoriais seguem sendo realizadas nas amostras coletadas pela equipe de fiscalização das Superintendências Federais de Agricultura”, completa a nota.

Além disso, mais de 16 mil litros de cervejas foram apreendidos cautelarmente pelo Ministério da Agricultura. O governo também esclarece que novas informações serão prestadas após os resultados das análises laboratoriais feitas pelo Ministério.

Ainda nesta sexta, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, notificou a empresa cervejeira e determinou esclarecimentos dentro de dois dias úteis.

Em nota, a empresa afirma que a substância não faz parte de seu processo de produção. “A Backer reforça que a substância dietilenoglicol não faz parte de nenhuma etapa do processo de fabricação de seus produtos, inclusive da Belorizontina. E reitera que continua colaborando com as autoridades e que se solidariza com as famílias envolvidas.”

Segundo a Secretaria de Saúde do Estado de Minas, a síndrome desconhecida até então provocava uma rápida deterioração do estado de saúde dos pacientes.

Relatos apontam que em dois dias e meio após o surgimento dos primeiros sintomas, as pessoas tiveram que ser internadas. Os pacientes apresentavam insuficiência renal aguda e alterações neurológicas.

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