Ministério da Agricultura monta plano para acompanhar nuvem de gafanhotos
A decisão acontece após autoridades argentinas informarem que os insetos podem atravessar a fronteira com o Rio Grande do Sul
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, informou que o ministério montou um plano para acompanhar nuvem gafanhotos que pode estar a caminho do Brasil. O anúncio acontece após autoridades do governo argentino informarem, na segunda-feira (2), que a nuvem de insetos levantou voo na província de Corrientes e que pode atravessar a fronteira com o Rio Grande do Sul.
Segundo comunicado do governado da província de Córdoba, um quilômetro quadrado de nuvem pode haver cerca de 40 milhões de insetos, com capacidade de consumir em um dia o equivalente ao que duas mil vacas poderiam comer no mesmo período.
Pelo Twitter, Tereza Cristina disse que o governo já monitora a situação. “Montamos já um plano de monitoramento, para acompanhar o deslocamento desses gafanhotos. A gente espera que ele não chegue ao Brasil, mas todas as ações que podem ser tomadas, já tem um grupo de acompanhamento e as ações que podem ser implementadas caso isso aconteça”, afirmou.
Nuvem de gafanhotos | O @Mapa_Brasil está acompanhando
a situação para que sejam tomadas as medidas cabíveis de monitoramento e orientação aos agricultores da região.
Confira a nota oficial:https://t.co/e2kkrBk4Am pic.twitter.com/IjcFhQZnPw— Tereza Cristina (@TerezaCrisMS) June 23, 2020
De acordo com o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentícia da Argentina (Senasa), os insetos seguiram na direção sul e devem chegar à província de Entre Ríos. Segundo monitoramento climático feito por especialistas argentinos apontam que o fenômeno deve, posteriormente, seguir em direção ao Uruguai e não deve chegar ao Brasil.
De acordo com as autoridades argentinas, a nuvem teve origem no Paraguai e vem atravessando o país desde a semana passada. No entanto, um grupo de gafanhotos já havia sido identificado no final de maio. Nesse meio tempo, lavouras de milho foram totalmente destruídas pela praga.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.