Ministério da Saúde suspende compra de seringas ‘até que preços voltem ao normal’

Presidente Jair Bolsonaro assegurou que estados e municípios brasileiros já têm estoque suficiente para início da vacinação

  • Por Jovem Pan
  • 06/01/2021 10h24 - Atualizado em 06/01/2021 10h30
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ANDRE MELO ANDRADE/IMMAGINI/ESTADÃO CONTEÚDO - 16/12/2020 Ministério da Saúde conseguiu fornecedores para apenas 2,3% de seringas e agulhas necessárias

O Ministério da Saúde suspendeu compras de seringas para a aplicação das vacinas contra Covid-19 “até que os preços voltem à normalidade”, informou o presidente Jair Bolsonaro na manhã desta quarta-feira, 6. O presidente afirmou que o valor disparou após a pasta demonstrar interesse em adquirir o material. “O Brasil consome 300 milhões de seringas por ano. Também somos um dos maiores fabricantes desse material. Como houve interesse do Ministério da Saúde em adquirir seringas para seu estoque regulador, os preços dispararam e o MS suspendeu a compra até que os preços voltem à normalidade”, escreveu Bolsonaro em uma rede social. Na primeira compra, o ministério conseguiu fornecedores para apenas 2,3% de seringas e agulhas necessárias. Foram encaminhados 7,9 milhões contratos dos 331 milhões de conjuntos destes produtos, procurados por meio de pregão eletrônico feito no último dia 29.

O presidente assegurou que os estados e municípios brasileiros já têm estoque suficiente para o início da vacinação. Segundo ele, a quantidade de vacinas, num primeiro momento, não é tão grande. Isso porque, com aprovação do uso emergencial, apenas os grupos de riscos da Covid-19 e os funcionários da área da saúde receberão as doses do imunizante. “Por volta de 44 países estão vacinando, contudo a Pfizer venceu para muito desses apenas 10.000 doses. Daí a falácia da mídia, como se estivessem vacinando toda a população”, disse Bolsonaro. Em seguida, o chefe do Executivo trouxe dados do percentual de vacinados em outros países para provar seu argumento. Após o fracasso da compra dos materiais, a pasta pediu ao Ministério da Economia para que agulhas e seringas fossem inseridas no rol de itens essenciais para combate à Covid-19, e que, portanto, possam ter a exportação impedida.

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