Moraes manda Polícia Federal investigar presidente da CPI do MST

Tenente Coronel Zucco é suspeito de ter incentivado atos de 8 de Janeiro; investigação iniciada no Rio Grande do Sul havia sido suspensa pelo TRF-4 devido ao foro privilegiado do parlamentar

  • Por Brasília
  • 23/05/2023 18h34
FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Tenente Coronel Zucco, durante a CPI do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) O deputado federal Tenente Coronel Zucco preside a CPI do MST

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a reabertura das investigações pela Polícia Federal que investiga o deputado federal Tenente Coronel Luciano Zucco (Republicanos-RS), que preside a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), para apurar participação do parlamentar nos atos ocorridos em 8 de Janeiro, em Brasília e no Rio Grande do Sul. A investigação iniciada no Estado sulista foi suspensa pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que entendeu que o político tem foro privilegiado devido à sua atividade parlamentar. Por isso, coube ao STF a decisão. De acordo com o despacho, uma notícia crime foi levada ao Ministério Público Federal (MPF) no último dia 17 de maio, que denunciava suposto “patrocínio e incentivo” a eventos ocorridos no dia 8 de janeiro, entre eles, o incentivo a bloqueio de rodovias para impedir eleitores de comparecerem às eleições.

Assim, em despacho desta terça-feira, 23, Moraes decidiu pela continuidade das investigações. “Considerando a presença de autoridade detentora de prerrogativa de foro, bem como a possível conexão processual noticiada pelo Ministério Público Federal, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região declinou da competência para esta Suprema Corte (…). Encaminhem-se os autos à Polícia Federal, para continuidade das investigações”, decidiu o ministro. A notícia repercute no Congresso e já respinga na CPI do MST. Nesta terça, Zucco chegou a cortar o microfone da deputada Sâmia Bonfim (Psol-SP) enquanto ela falava sobre a decisão de Alexandre de Moraes.

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