Moro ironiza ato bolsonarista: ‘Tão loucos mas, ainda bem, tão poucos’

Grupo empunhou tochas e usou máscaras em ação vista por autoridades como semelhante aos protestos da Ku Klux Klan, seita supremacista branca

  • Por Jovem Pan
  • 31/05/2020 15h14
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Sérgio Moro "O único inverno chegando é o das quatro estações", provocou Moro, fazendo um "trocadilho" com o sobrenome artístico da ativista Sara Winter

O ex-ministro Sergio Moro classificou como “loucos” os participantes de ato bolsonarista realizado na noite deste sábado (30), em Brasília.

Liderados pela ativista Sara Winter, investigada pela Polícia Federal, o grupo empunhou tochas e usou máscaras em ação vista por autoridades como semelhante aos protestos da Ku Klux Klan (seita supremacista branca). O grupo, que se nomeou “300”, têm feito manifestações contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e outras instituições democráticas.

“Tão loucos mas, ainda bem, tão poucos. O único inverno chegando é o das quatro estações”, provocou Moro, fazendo um “trocadilho” com o sobrenome artístico da ativista, Winter (inverno, em inglês).

A Polícia Federal não se pronunciou sobre o ato. O Palácio do Planalto não quis comentar.

Ameaça

Sara Winter foi alvo na semana passada de buscas e apreensões pela Polícia Federal no âmbito do inquérito das fake news do Supremo Tribunal Federal (STF), que apura também ameaças e ofensas contra a Corte.

Alinhada com os interesses bolsonaristas, a ativista mirou ataques contra o ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações, gravando um vídeo no qual o chama para ‘trocar socos’ e ameaça ele e sua família.

“Eu queria trocar soco com esse ‘filha da puta’ desse ‘arrombado’! Infelizmente não posso, mas eu queria. Ele mora lá em São Paulo, né? Pois você me aguarde, Alexandre de Moraes. O senhor nunca mais vai ter paz na vida do senhor!”, esbravejou a ativista.

A gravação foi enviada pelo gabinete do ministro para a Procuradoria-Geral da República, que enviou o vídeo para o Ministério Público do Distrito Federal. O caso está agora com o procurador Frederick Lustosa de Melo, que vem sendo pressionado por colegas para pedir logo à Justiça Federal a imposição de medidas cautelares contra a ativista.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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