Moro defende Fachin, que anulou condenações de Lula: ‘Discordância não pode ser motivo de perseguição’

Ex-ministro repudiou ofensas e ataques pessoais ao ministro que absolveu o ex-presidente de condenações no âmbito da Operação Lava Jato

  • Por Jovem Pan
  • 12/03/2021 15h21
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo O agora ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública do Brasil, Sergio Moro

O ex-ministro Sergio Moro se pronunciou pela primeira vez nesta sexta-feira, 12, sobre os acontecimentos dos últimos dias que envolveram ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin anular as condenações de Lula no âmbito da Operação Lava Jato, os integrantes da Corte começaram a julgar um pedido da defesa do ex-presidente sobre suspeição do ex-juiz.

“Repudio ofensas e ataques pessoais ao Ministro Edson Fachin do STF, magistrado técnico e com atuação destacada na Operação Lava Jato. Qualquer discordância quanto à decisão deve ser objeto de recurso, não de perseguição”, escreveu Moro no Twitter. Os advogados de Lula argumentam que Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato, foi parcial e agiu com motivação política ao condená-lo no caso do tríplex do Guarujá. Em 2019, o site The Intercept vazou conversas atribuídas a Moro e a procuradores da Lava Jato. A defesa do ex-presidente alega que houve combinação entre o Judiciário e o Ministério Público Federal (MPF), enquanto o ex-juiz e o ex-coordenador da operação, Deltan Dallagnol, questionam a veracidade das mensagens vazadas.

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