Moro vê greve ilegal no Ceará, mas diz: ‘Policial não pode ser tratado como criminoso’
Durante participação no 6º encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), em Foz do Iguaçu, o ministro Sergio Moro afirmou que a greve dos PMs no Ceará é ilegal, mas fez ressalva sobre o tratamento dos policiais como “criminosos”.
“O governo federal vê com preocupação a paralisação que é ilegal da Polícia Militar do estado. Claro que o policial tem que ser valorizado, claro que o policial não pode ser tratado de maneira nenhuma como um criminoso. O que ele quer é cumprir a lei e não violar a lei, mas de fato essa paralisação é ilegal, é proibida pela Constituição”, analisou o ministro da Justiça.
Moro ainda reforçou que seu grupo de crise se reuniu na quinta-feira para acatar o pedido de intervenção da Força Nacional de Segurança Pública. Para garantir a segurança pública do Ceará, 2,8 mil homens do Exército e da Força Nacional circulam pelas ruas de Fortaleza, da região metropolitana e do interior.
A greve
Nesta sexta-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro decidiu prorrogar o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Ceará por mais uma semana, até o dia 6 de março.
A paralisação dos PMs fez aumentar a criminalidade em todo o Estado. Os últimos dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública confirmam que 170 pessoas foram assassinadas entre a última quarta e a segunda de Carnaval. Os motins dos PMs começaram no último dia 18 de fevereiro. Ao todo, 230 policiais respondem a processos administrativos e não receberão o salário por 120 dias a partir de fevereiro. Os agentes podem ser expulsos da corporação.
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