Morre aos 84 anos o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães

Ele foi Ministro Chefe de Assuntos Estratégicos entre 2009 e 2010, no governo Lula, e secretário-geral do Itamaraty entre 2003 e 2009

  • Por Sarah Américo
  • 29/01/2024 12h49 - Atualizado em 29/01/2024 14h36
ERIC FEFERBERG / AFP samuel pinheior guimarães Samuel Pinheiro Guimarães foi Ministro Chefe de Assuntos Estratégicos entre 2009 e 2010

Morreu nesta segunda-feira, 29, aos 84 anos, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães. Ele foi Ministro Chefe de Assuntos Estratégicos entre 2009 e 2010, no governo Lula. Entre 2003 e 2009 foi secretário-geral do Itamaraty e Consul do Brasil em Boston entre 1968 e 1972. Nascido no Rio de Janeiro, Samuel era formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil (atual UFRJ), e mestre em econômica pela Universidade de Boston. Ele ingressou no Ministério das Relações Exteriores em 1963, e já assumiu como Assistente do Chefe da Divisão de Cooperação Econômica e Técnica do Itamaraty. No ano seguinte ele assumiu como Diretor da Assessoria de Cooperação Internacional da Sudene, cargo do qual foi exonerado por resistir à interferência da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Regressou ao Itamaraty em 1966, mesmo ano em que foi nomeado Chefe do Serviço Técnico de Análise e Planejamento do ministério.

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Em comunicado, o Itamaraty disse classificou Samuel Pinheiro Guimarães como um dos mais importantes diplomatas da sua geração, com um extenso currículo de serviços prestados ao Brasil. “Entre as diversas funções que exerceu, atuou como secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores entre 2003 e 2009, além de Ministro Chefe de Assuntos Estratégicos entre 2009 e 2010, e Alto-Representante Geral do Mercosul entre 2011 e 2012”, diz a nota. O Ministério das Relações Exteriores também destaque que o embaixador foi “Vice-presidente da Embrafilme na gestão Celso Amorim – amigo e parceiro de toda uma vida – foi obrigado a deixar o cargo por conta do impacto do filme “Pra Frente Brasil”, uma crítica contundente à tortura de presos políticos no país durante a ditadura militar”, e que ao longo da sua vida “defendeu o desenvolvimento, a democracia e as causas populares, resistindo a diversas tentativas de interferência externa no nosso país e atuando para uma política externa ativa e altiva, na promoção dos interesses e da soberania brasileira”.

 

 

 

 

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