Morre Sergio Paulo Rouanet, diplomata que deu nome à Lei de Incentivo à Cultura

O intelectual foi o responsável pela criação da legislação que financia iniciativas culturais, em 1991, enquanto era secretário de Cultura do governo Collor

  • Por Jovem Pan
  • 03/07/2022 11h21 - Atualizado em 03/07/2022 11h49
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Reprodução/Instagram sergio-paulo-rouanet-morre-aos-88-anos Diplomata, filósofo, professor universitário, tradutor e ensaísta brasileiro, Sergio Paulo Rouanet morreu aos 88 anos.

Aos 88 anos, morreu na manhã deste domingo, 3, no Rio de Janeiro, o diplomata Sergio Paulo Rouanet. O intelectual era portador das doenças de Alzheimer e Parkinson há algumas décadas. A informação foi divulgada pelo Instituto Rouanet, organização sem fins lucrativos fundada pelo acadêmico em 2020. A causa da morte ainda não foi divulgada. “É com muito pesar e muita tristeza que informamos o falecimento do Embaixador e intelectual Sergio Paulo Rouanet, hoje pela manhã do dia 3 de julho. Rouanet batalhava contra o Parkinson, mas se dedicou até o final da vida à defesa da cultura, da liberdade de expressão, da razão, e dos direitos humanos. O Instituto carregará e ampliará seu grande legado para futuras gerações”, afirma o comunicado.

O diplomata foi o responsável pela criação da lei brasileira de incentivos fiscais à cultura, em 1991, enquanto era secretário de Cultura do governo Fernando Collor de Mello. Posteriormente, a medida que garante financiamento para o setor cultural passou a ser chamada justamente de Lei Rouanet, em homenagem ao intelectual. Membro da Academia Brasileira de Letras desde 1992 e ocupante da cadeira 34 da Academia Brasileira de Filosofia, Rouanet foi diplomata, filósofo, professor universitário, tradutor, ensaísta e começou sua trajetória acadêmica no curso de Ciências Jurídicas e Sociais da Pontifícia Universidade Católica, no Rio de Janeiro. Em seguida, concluiu mestrados em Economia e Agronomia, Ciência Política e Filosofia na USP, onde também doutorou-se em Ciência Política e Medicina. Além disso, o diplomata destaca-se como tradutor no Brasil do filósofo alemão Walter Benjamin e elaborou, em 1982, estudo que influenciou a concepção da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) e a constituição da carreira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (Gestores Governamentais).

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