Mortes por síndrome respiratória aumentam 649% em MG, mostra estudo
O número de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Minas Gerais teve aumento de 649%, mostra estudo feito pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O levantamento considerou os óbitos registrados de 2017 a 2020, entre janeiro e abril deste ano, em comparação com a média dos anos anteriores.
O aumento pode apontar uma subnotificação de mortes pela Covid-19 no Estado. Conforme o trabalho, entre janeiro e abril de 2020, 539 pessoas morreram de SRAGs. Na média dos anos de 2017 a 2019, foram registradas, segundo o estudo, 72 óbitos pela doença.
Segundo o professor Stefan Vilges de Oliveira, um dos responsáveis pelo estudo, o excesso de casos de SRAGs começou a ser notado a partir da semana entre 1.º e 7 de março. “Fomos atrás das séries históricas de meses anteriores e, de fato, o que observamos foi excesso no número de mortes. “Números subestimados podem causar falsa sensação de segurança, e acarretar afrouxamento por parte da população”, afirmou.
De maneira geral, os dados oficiais divulgados por Minas Gerais apontavam resultados considerados satisfatórios no enfrentamento à Covid-19. Entretanto, com as informações da pesquisa questiona-se a possibilidade de subnotificação de registros da doença.
A capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, adotou medidas de reabertura gradual das atividades econômicas na segunda-feira (25). Salões de beleza, shopping populares e comércios varejistas puderam abrir, nesta primeira fase da retomada econômica.
Resposta
A Secretaria de Estado da Saúde afirmou que os testes para detecção de contaminação pelo coronavírus, seguindo determinações do Ministério da Saúde, são realizados atualmente em todos os óbitos suspeitos, pacientes hospitalizados com SRAGs e também em profissionais da linha de frente de combate à pandemia.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.