MPF não poderá mais julgar caso de músico morto no Rio de Janeiro
A ação desastrosa de militares do Exército Brasileiro, que matou duas pessoas na Zona Oeste ao confundirem um veículo onde estava uma família com carro usado por bandidos, não poderá ser investigada pelo Ministério Público Federal (MPF).
Nesta terça-feira (11), o Conselho Nacional do Ministério Público Federal decidiu por ampla maioria que o MPF não pode apurar o caso.
Na ocasião, em abril de 2019, militares do Exército abriram fogo contra um carro onde estava a família do músico Evaldo Rosa dos Santos. O veículo foi confundido com outro carro que estava sendo usado por bandidos para praticar crimes perto da Vila Militar, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Foram disparados mais de 80 tiros pelos militares contra o veículo de Evaldo, que morreu na hora. Um catador de lixo que passava pelo local tentou ajudar as pessoas que ainda estavam dentro do carro, mas também foi atingido por disparos, socorrido e morreu no hospital após alguns dias.
De acordo com a decisão do Conselho Nacional do MPF, apenas, única e exclusivamente, o Ministério Público Militar poderá apurar e eventualmente penalizar os militares que participaram desta ação.
Em maio, a Justiça Militar mandou soltar os homens do Exército que estavam presos preventivamente por conta do crime que aconteceu em Guadalupe, na Zona Oeste. Os militares estão recebendo processo pelos tiros e pelas mortes em liberdade.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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