MPF pede ao menos 30 anos de prisão para executivos de empreiteira investigada na Lava Jato

  • Por Jovem Pan
  • 12/06/2015 21h35
Marcos Santos/USP Imagens Corrupção - dólares

O Ministério Público Federal pediu a condenação da alta cúpula da empreiteira Mendes Júnior a pelo menos 30 anos de prisão, pelo pagamento de propina em obras da Petrobras.

Em documento apresentado na noite desta quinta-feira (11) à Justiça, os procuradores acusam os empresários Sérgio Cunha Mendes, Rogério Cunha, Ângelo Alves Mendes e Alberto Vilaça de terem negociado o “pagamento de vantagens indevidas e o posterior branqueamento [lavagem] dos valores”.

Segundo o Ministério Público, havia uma corrupção em cascata na empresa e os executivos beneficiavam-se do esquema, sem nunca terem feito nada para impedir. A Procuradoria ainda levou em consideração o nível de instrução e qualificação dos executivos, tornando suas ações ainda mais condenáveis.

Os executivos são acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. A Justiça Federal determinou no último dia 29 de maio, o bloqueio de bens da Construtora Mendes Júnior no valor de R$ 137,5 milhões.

O bloqueio foi requerido pelo Ministério Público Federal (MPF), com base nas investigações da Operação Lava Jato. A decisão também atinge o ex-vice presidente da empreiteira Sergio Mendes e quatro ex-funcionários da empresa.

O cálculo dos valores é baseado em depoimentos de delação premiada de investigados. Segundo os delatores, o pagamento de propina correspondia a 1% dos contratos assinados com a Petrobras.

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