‘Muita coisa ainda vai ser deflagrada em 2019’, diz coordenador da Lava Jato no RJ

  • Por Jovem Pan
  • 12/12/2018 14h49 - Atualizado em 12/12/2018 14h59
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Arquivo/Agência Brasil pf Em dois anos de Lava Jato, 246 pessoas foram denunciadas, 190 pessoas tiveram prisão preventiva decretada e 39 foram presas temporariamente

O procurador da República e coordenador da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro Eduardo El Hage garantiu que mais ações serão deflagradas no próximo ano. A fala aconteceu nesta quarta-feira (12) durante um evento em que se comemorava o Dia Internacional Contra Corrupção. Foram apresentados ainda os balanços das investigações de 2018. “Muita coisa ainda vai ser deflagrada em 2019. Temos várias linhas de investigação em curso. Acredito que o estado do Rio de Janeiro foi infestado por esse fenômeno da corrupção”, afirmou.

No Rio de Janeiro, a Operação Lava Jato já levou governador e ex-governador a serem presos, bem como conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, o ex-presidente da Assembleia Legislativa e outras autoridades estaduais.

“Pessoalmente, acho que estamos até à frente de outros estados. Tudo o que foi feito e está sendo visto no Rio, não tenho dúvida, acontece em outros estados, mas aqui está sendo revelado e punido”, disse o procurador. Ele afirma que a operação não deve arrefecer com a virada do ano e que “pouco a pouco temos conseguido combater [a corrupção no estado]”.

A Lava Jato do Rio em números

Após mais de dois anos de operação, a Lava Jato, por meio do Ministério Público Federal, denunciou 246 pessoas em 46 denúncias apresentadas à Justiça.

Além disso, foram emitidos 190 mandados de prisão preventiva e 39 de prisão temporária. Pelo menos 40 foram conduzidas coercitivamente para depor. E não para por aí: foram cumpridos, ao todo, 466 mandados de busca e apreensão.

Quanto à parceria com a Polícia Federal, o balanço mostra que em 30 ações conjuntas entre a PF e a Receita Federal, revelaram pelo menos 15 crimes que devem ser imputados aos acusados. Não somente, 35 acordos de delação premiada foram homologados, somando aproximadamente R$ 575 milhões a serem devolvidos pelos delatores como multa. Apenas 23,3% do total já foi devolvido aos cofres públicos, o equivalente a R$ 134 milhões.

*com informações da Agência Brasil

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