Na contramão da Amazônia, desmatamento do Cerrado cresce 21% nos seis primeiros meses do ano
Região mais afetada foi a interseção entre os Estados Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia; mais de 6,3 mil km² foram desmatados nos últimos doze meses
Segundo maior bioma do Brasil, o Cerrado teve 21% de aumento nos alertas de desmatamento durante o primeiro semestre de 2023. Os dados são da Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) e foram divulgados nesta quinta-feira, 3, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número considera os avisos registrados de janeiro a julho. Nos últimos doze meses, mais de 6.300 quilômetros quadrados do Cerrado foram desmatados. A região mais afetada foi a interseção entre os Estados Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Na contramão, a Amazônia brasileira registrou uma queda de 42,5% do desmatamento entre janeiro e julho. Ainda assim, a região desmatada foi superior à do Cerrado nos últimos doze meses. Entre agosto de 2022 e julho deste ano, foi perdida uma área de 7.952 quilômetros quadrados. De acordo com especialistas, os números podem ser explicados pelos critérios de reserva legal de cada bioma. Na Amazônia, 80% da área deve ser preservada, enquanto no Cerrado o percentual é de 20%. O Ministério do Meio Ambiente deve lançar em outubro um plano para frear o desmatamento da região, segundo informações do secretário-executivo do órgão, João Paulo Capobianco.
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