‘Não sou juiz’, diz Bolsonaro ao responder sobre inocência de Flávio

  • Por Jovem Pan
  • 20/12/2019 11h46
Valter Campanato/Agência Brasil O presidente voltou a fazer insinuações sobre o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel

O presidente Jair Bolsonaro, afirmou, nesta sexta-feira (20), que “não é juiz” para saber se seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, é inocente. Na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília, Bolsonaro comentou as últimas informações do suposto esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quando era deputado estadual.

“Não sou juiz”, disse Bolsonaro, questionado se considera o filho inocente. Ele rebateu, no entanto, dizendo que Flavio está sendo investigado desde o ano passado mas que, até agora, “não acham nada”.

O presidente também voltou a fazer insinuações ao governador do Rio de Janeiro,  Wilson Witzel (PSC). “Já foram em cima do MP ver se vão investigar o Witzel (governador do Rio, Wilson Witzel)? Vocês repararam que, na véspera desse novo caso Flávio, a Polícia Federal mostrou operação na Paraíba onde um dos delatores pegou R$ 115 mil de Caixa 2 para campanha, bem como a loteria da Paraíba faz negócio com a Loterj, do RJ?”, disse.

“Você já viu o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro [MP-RJ] investigar qualquer pessoa, qualquer ato de corrupção, qualquer agente público do Estado? Olha que é o Estado mais corrupto do Brasil”, completou.

Sobre as buscas feitas na operação do MP-RJ que mirou Flávio, o presidente disse que houve busca e apreensão em casas de pessoas que não tinham nada a ver com o fato. Bolsonaro falou ainda, sobre a franquia da loja de chocolate do filho: “As franquias são controladas. Ninguém lava dinheiro em franquia.”

O presidente comentou a acusação feita sobre o fato de Flávio ter feito depósitos, parcelados, de R$ 2 mil no caixa eletrônico. “Depósito de R$ 2 mil é o limite para ser colocado via caixa eletrônico.”

Caso Marielle

Bolsonaro lembrou, ainda, do depoimento do porteiro do seu condomínio sobre o caso da morte da vereadora Marielle Franco. “A Polícia Civil dele [Witzel] armou o porteiro do meu condomínio, que os dois suspeitos de matar a Marielle, ligaram na minha casa na quarta-feira. Vocês já foram perguntar ao governador Witzel?”

*Com Estadão Conteúdo

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