Reitor do ITA é o favorito para assumir Ministério da Educação; veja nomes cotados

Evangélico e de perfil técnico, Correa ganhou apoio de grupos que indicam nomes a Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 01/07/2020 07h29
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Divulgação Anderson Correa é um dos nomes cotados para o Ministério da Educação

O nome do atual reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Anderson Correa, é, agora, o mais forte para assumir o Ministério da Educação (MEC) depois da saída de Carlos Decotelli. Evangélico e com perfil técnico, ele passou a aglutinar apoio de vários grupos que indicam nomes ao presidente Jair Bolsonaro. Correa foi presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) até 2019, quando foram cortadas milhares de bolsas de mestrado e doutorado. Ainda no cargo, passou a concorrer à vaga de reitor do ITA, posição que ele já tinha ocupado entre 2016 e 2019. Foi o escolhido mais uma vez.

Ele fez carreira na instituição, foi pró-reitor de Pesquisa e Relacionamento Institucional, chefe de departamento, coordenador de cursos e coordenador de projetos. Seu currículo indica que é formado em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e é mestre pelo ITA. É ainda doutor em Engenharia de Transportes pela University of Calgary, no Canadá. Na noite de ontem, o governo checava suas credenciais e colhia apoios. O dono da Unisa, Antonio Veronezi, é um dos que exercem grande influência no governo e participa do lobby para o MEC.

Outro nome que surgiu entre os indicados é o do ex-pró-reitor da FGV Antonio Freitas. Freitas é professor titular de Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense (UFF) e membro do Conselho Nacional de Educação (CNE). Gilberto Gonçalves Garcia, que tem formação em Filosofia e foi reitor de várias universidades privadas, também foi cogitado.

Além dele, há Marcus Vinícius Rodrigues, que foi presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) na gestão de Ricardo Vélez. Ele é engenheiro e ligado ao mesmo grupo militar de Decotelli. Rodrigues deixou o Inep depois de desentendimento com o grupo olavista.

Na disputa há ainda o evangélico Benedito Guimarães Aguiar Neto, que foi reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e hoje é presidente da Capes. O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, que esteve com o presidente na semana passada, voltou a ser analisado também.

A preocupação dos militares é a de que integrantes ligados a Olavo de Carvalho tenham força para indicar um nome que prevaleça. O deputado Eduardo Bolsonaro teria sugerido Sérgio Sant’ana, ex-assessor de Abraham Weintraub e ligado a olavistas. O nome de Ilona Becskehazy, que é secretária de Educação Básica no MEC, também está sendo defendido por grupos considerados ideológicos.

*Com Estadão Conteúdo

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