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‘O presidente Bolsonaro está do nosso lado’, diz líder dos caminhoneiros

Lideranças dos caminhoneiros se manifestam contra auxílio do governo

Conhecido como Chorão, Wallace Landim, um dos principais líderes dos caminhoneiros, telefonou na tarde da última quinta-feira (11) para um assessor do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. A intenção? Reclamar do aumento de preço do diesel. Nesse contato, foi informado de que a queixa seria levada ao presidente Jair Bolsonaro por Onyx e pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Floriano Peixoto. O recuo da Petrobras de aumentar o valor do combustível foi anunciado horas depois. “Isso prova que mais uma vez o presidente está do nosso lado”, disse.

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Ao jornal O Estado de S. Paulo, Wallace disse que mantém contato com integrantes da Casa Civil desde o mês passado, quando levou demandas da categoria. O período em que iniciou o diálogo entre caminhoneiros e a Casa Civil, em março, coincide com o momento em que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) passou a monitorar com mais atenção os riscos de uma nova greve da categoria.

O governo não quer que uma nova paralisação tome as mesmas proporções da que ocorreu em maio de 2018. O estopim, na época, foi justamente as altas do preço do diesel. A avaliação de um integrante do governo é de que os caminhoneiros “conheceram a sua força” na última greve e que agora possuem maior poder de negociação.

Sobre a possibilidade de uma nova greve, Landim disse que a categoria toda está “sofrendo” e “insatisfeita”. “Isso vem de longa data, tanto que tivemos que parar no ano passado”.

À Casa Civil, o líder dos caminhoneiros pediu o cumprimento do piso mínimo de frete, da jornada de trabalho e do fornecimento de pontos de parada adequados e também uma mudança na política de preços da Petrobras. Wallace Landim elogiou também a iniciativa do governo de criar o cartão-caminhoneiro, há cerca de duas semanas, mas disse que isso “não resolve o problema 100%”.

Campanha

Wallace lembrou que a categoria atuou na campanha de Jair Bolsonaro. “É um comprometimento que ele tem com a categoria”, disse. O líder dos caminhoneiros contou que o assessor da Casa Civil deixou claro que a categoria “sempre terá o respeito e respostas imediatas” do governo. “A gente sabe que não é uma situação muito fácil, vem chumbo grosso por aí, pode ter certeza, porque querendo ou não interfere na política de preços (da Petrobras)”, disse Chorão.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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