ONU condena assassinatos ‘brutais’ de Bruno e Dom e pede investigações ‘imparciais e exaustivas’

Órgão cobra que autoridades brasileiras reforcem os órgãos federais que são responsáveis pela proteção a povos indígenas ao meio ambiente

  • Por Jovem Pan
  • 16/06/2022 16h53
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Daniel SLIM / AFP Sede da ONU em Nova York ONU cobra autoridades brasileiras para reforçarem os órgãos federais que são responsáveis pela proteção a povos indígenas ao meio ambiente

O Escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou, nesta quinta-feira, 16, os assassinatos do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira e pediu investigações imparciais, transparentes e exaustivas. O órgão também cobrou que autoridades brasileiras reforcem os órgãos federais que são responsáveis pela proteção a povos indígenas ao meio ambiente. O pedido acontece um dia depois de a Polícia Federal (PF) ter encontrado dois corpos no local das buscas das vítimas, que estavam desaparecidas desde o dia 5 de junho na região do Vale do Javari, no Amazonas.

Em nota, a porta-voz da ONU para Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, afirmou que “estamos profundamente entristecidos com a informação sobre o assassinato de Dom Phillips e Bruno Pereira”. “Expressamos nossas profundas condolências às famílias. Este brutal ato de violência é aterrador e apelamos às autoridades estatais para que assegurem que as investigações sejam imparciais, transparentes e exaustivas, e que seja prestada reparação às famílias das vítimas”, disse. Ravina também pede que as autoridades brasileiras aumentem os esforços para proteger os defensores de direitos humanos e povos indígenas, incluindo a Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “Ataques e ameaças contra defensores de direitos humanos ambientais e povos indígenas, incluindo aqueles em isolamento voluntário, continuam persistentes. Tomem medidas para prevenir e proteger os territórios indígenas de incursões de atores ilegais, inclusive por fortalecimento dos órgãos governamentais responsáveis pela proteção dos povos indígenas e do meio ambiente”, finalizou.

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