Onyx: Governadores poderão ajustar texto da Previdência por meio das bancadas

  • Por Jovem Pan
  • 20/02/2019 12h53 - Atualizado em 17/04/2019 14h14
Estadão Conteúdo O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, admitiu a possibilidade de ajustes no texto da proposta da reforma da Previdência. O texto foi apresentado  nesta quarta-feira (20) pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional e, depois, a governadores que estavam reunidos no Fórum Nacional de Governadores.

Segundo Lorenzoni, esses ajustes poderão ser propostas pelos chefes dos Executivos estaduais por meio das bancadas partidárias. “Os governadores estão recebendo muito positivamente. A recepção está sendo muito positiva. É claro que vamos ter que fazer ajustes no texto. Os governadores vão dar sua contribuição, junto de suas bancadas, para que o texto seja adequado não apenas no plano federal, mas que possa também dar sua contribuição para que os Estados brasileiros encontrem o equilíbrio”, afirmou Onyx.

Ao sinalizar que os parlamentares também poderão propor mudanças no texto da reforma, Onyx pediu que os congressistas superem as disputas políticas. A reforma “é uma escolha e hoje o governo colocou essa escolha na mão dos congressistas que vão aperfeiçoá-la, melhorá-la, não tenho a menor dúvida de que a escolha que o Brasil fez é ser uma grande nação”, afirmou. “Nós vamos aprová-la na Câmara e no Senado”.

Nova previdência

O ministro da Casa Civil voltou a defender o regime de capitalização, uma das novidades da reforma da Previdência, a chamada Nova Previdência, em relação ao texto proposto pela gestão de Michel Temer.

“Esse novo caminho é através do regime de capitalização que já provou, em vários países do mundo, ser um sistema sustentável e contribui para o aumento da poupança interna. O Brasil precisa ter condições de elevar sua poupança interna, em quatro ou cinco anos, para 20% do nosso PIB para permitir que tenhamos a independência, ou seja, financiar nosso crescimento para possamos reduzir a dependência externa. O Brasil vai estabilizar ainda mais sua moeda”, disse.

Onyx justificou que o atual sistema de aposentadorias “fracassou”. “O sistema de repartição é um fracasso geracional. É muito melhor, muito mais inteligente porque vai ser um modelo de poupança individual que é completamente da capitalização em fundos como foi no Chile. A poupança individual respeita a tradição brasileira, isso está no nosso dia. Quem aqui nunca teve uma poupança individual? Não apenas uma reforma, é uma Nova Previdência.”

Como argumento, o ministro citou países europeus que também fizeram a reforma. “Brasil precisa dar segurança a quem está no presente. Se o sistema não for ajustado, ele poderá ter problemas no futuro. A Espanha teve problemas como o nosso. O próprio Portugal teve problema como o nosso e teve cortar 30% das aposentadorias. Vários e vários países passaram por um momento como o nosso”.

Questionado sobre como a divulgação de áudios pessoais do presidente pode impactar na votação das reformas, Onyx Lorenzoni culpou “setores” da imprensa brasileira. “Eu estou falando da nova Previdência que é o que importa para os brasileiros, os áudios importam para setores da imprensa brasileira.”

Por fim, ele voltou a dizer que a proposta do governo tem “preocupação” com a justiça social”. “Justiça social é aumentar as contribuições daqueles que ganham mais”, complementou.

*Com informações da Agência Estado

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