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Operação desarticula quadrilha que usava drones para entregar droga em presídios

Drone será utilizado para fiscalizar trabalho escravo

A operação “Voo de Ícaro”, deflagrada nesta quarta-feira, 8, prendeu 21 pessoas suspeitas de fazer parte de um esquema de uso de drones para entregar drogas e celulares em pátios de presídios paulistas. Os detentos que recebiam as entregas, que chegavam durante o banho de sol, eram principalmente líderes de facção.

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A operação descobriu que os detentos orientavam seus cúmplices que estavam do lado de fora sobre os horários e locais para as entregas. Os detentos também recebiam cartas e chips para os telefones, e cada drone, que custa cerca de R$16 mil, tinha capacidade de transportar carga de até um quilo. Houve casos, porém, em que os drones acabaram abatidos a tiros pelos guardas das muralhas.

A operação foi desenvolvida pela Polícia Civil e também cumpriu 13 mandados de busca e apreensão, inclusive, dentro dos presídios. Para isso foi preciso o apoio do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), especializado em ações no sistema prisional.

Os mandados foram cumpridos em São Paulo e em Guarulhos, Franco da Rocha, Marília, Pacaembu, Martinópolis, Potim e Lavínia.

O valor para cada operação de entrega com drone nos presídios chegava a R$ 40 mil, valor bancado pelo crime organizado. A mulher de um detento, que trabalha em uma escola particular de São Paulo, seria uma das responsáveis pelo esquema e também foi presa durante a operação.

A ação resultou na apreensão de drones, objetos diversos e no bloqueio de contas bancárias que seriam usadas pelos criminosos. Participaram do trabalho 134 policiais em 41 viaturas.

Agora serão cobradas providências para evitar que criminosos tenham acesso visual pela internet aos espaços internos das penitenciárias, que hoje podem ser observados em aplicativos de geolocalização.

*Com informações do Estadão Conteúdo

 

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