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BNDES: Em delação, Palocci revela esquema de propina de R$ 489 mi ao PT

A revista Veja obteve acesso à delação de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil no período dos governos de Lula e Dilma. Na reportagem, a revista mostra que o depoimento de Palocci dá detalhes do esquema internacional de corrupção que envolvia o BNDES.

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Em acordos dos anos de 2010 e 2014, as empreiteiras nacionais tiveram faturamento superior a 10 bilhões de reais e pagaram o valor total de 489 milhões de reais ao PT.

Desse valor, 364 milhões de reais vieram da Odebrecht. Outros 100 milhões eram de contratos da Andrade Gutierres, que tinha espécie de “pedágio” de 1% em cada acordo. Já a Queiroz Galvão atuava de forma diferente: com superfaturamento em 10% de suas obras.

O testemunho de Palocci explica como funcionava a corrupção no BNDES. O próprio ex-ministro atuava intermediando conversas com as construtoras do esquema. Ele relata ordens de Lula, a divisão da pilhagem entre as empreiteiras envolvidas e até as porcentagens para cada projeto.

O trâmite envolveria diretamente a alta cúpula do PT. O próprio Lula comandava reuniões com mandatários de países como Angola, Moçambique, Cuba e Nicarágua. Eram fechados acordos, então, de ajuda financeira. Depois, representantes do “clube das empreiteiras” – Odebrecht, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, OAS – visitavam os gabinetes internacionais em missões via Itamaraty. Nessa etapa, eram fechados projetos financiados pelo BNDES.

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