Para Gilmar Mendes, provas colhidas ilegalmente podem ser usadas em processos

  • Por Jovem Pan
  • 11/06/2019 14h43 - Atualizado em 11/06/2019 14h44
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO gilmar mendes O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal

Ao comentar as reportagens publicadas no site “The Intercept Brasil” a respeito de supostas mensagens vazadas trocadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta terça-feira (11) que provas colhidas ilegalmente podem ser usadas em processos.

Questionado se eventuais provas colhidas ilegalmente poderiam ser anuladas, Mendes respondeu que “não necessariamente”. “Se amanhã alguém tiver sido alvo de uma condenação, por exemplo, por assassinato e aí se descobriu por alguma prova ilegal que ele não é o autor do crime, se diz em geral que essa prova é válida”, disse.

As conversas supostamente mostrariam que Moro teria orientado investigações da Lava Jato por meio de mensagens no aplicativo Telegram. O site afirmou que recebeu todo o material de fonte anônima.

Ida ao STF “fragilizada”

Ao chegar para a sessão da Primeira Turma nesta terça, o ministro Marco Aurélio Mello também comentou a situação. Na avaliação dele, Moro ficará “sendo acuado todo esse tempo” até abrir uma vaga no STF, em novembro de 2020, com a aposentadoria compulsória do ministro Celso de Mello. Para ele, a reportagem “fragiliza o perfil” de Moro na caminhada rumo a uma vaga do Supremo.

*Com Estadão Conteúdo

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