Paulo Marinho deixa MPF do Rio e diz que apresentou ‘riqueza de detalhes’ em novo depoimento

  • Por Jovem Pan
  • 21/05/2020 16h56 - Atualizado em 22/05/2020 07h21
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JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO O empresário Paulo Marinho prestou depoimento nesta quinta-feira (21), no MPF do Rio de Janeiro

O empresário Paulo Marinho deixou a sede do Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro após prestar novo depoimento na tarde desta quinta-feira (21) sobre as acusações que fez ao senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Neste depoimento, o empresário afirmou que apresentou “maior riqueza de detalhes”. Marinho depôs por quase cinco horas nesta quarta, na sede da Polícia Federal (PF), no Rio, sobre o mesmo assunto.

“Apresentei maior riqueza de detalhes e de noção de tempo em que os fatos ocorreram no depoimento de hoje. O sujeito que toma a decisão que tomei precisa ter coragem e ser casca grossa, eu não tenho medo”, declarou em entrevista a jornalistas na saída do MPF.

Segundo ele, no depoimento prestado à PF houve uma “delimitação de datas”. No MPF, no entanto, “o interesse foi ampliado”.

O empresário acusa o então deputado Flávio Bolsonaro de obter informações vazadas sobre a deflagração da Operação Furna da Onça, que investiga deputados da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e chegou ao nome do assessor do filho do presidente Jair Bolsonaro, Fabrício Queiroz.

Flávio não era alvo, mas relatórios de inteligência financeira produzidos pelo antigo Coaf apontavam movimentações suspeitas nas contas de Queiroz, que seria o suposto operador financeiro no esquema que ficou conhecido como “rachadinhas”.

Ameaças e “devassa em contas bancárias”

O empresário disse ainda que fez um pedido, por meio de seu advogado, para que se investigue se há “devassa ilegal em contas bancárias” em seu nome. A informação foi revelada pelo site O Antagonista e diz que “alguém poderoso de Brasília” estaria demandando as movimentações financeiras do empresário.

Marinho ainda disse que vem sofrendo ameaças pelas redes sociais – a segurança no entorno de sua casa no Rio de Janeiro foi reforçada a pedido do governador Wilson Witzel. “Não tenho ido nas origens das ameaças, mas são pelas redes sociais e sempre em tom muito agressivo”, revelou.

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