Pedido de vista interrompe julgamento sobre redução de pena de PMs do Carandiru

Desembargador Edson Aparecido Brandão justificou ‘motivos técnicos’ ao solicitar mais tempo para análise

  • Por Jovem Pan
  • 22/11/2022 14h00
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ITAMAR MIRANDA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Codigo imagem:121080 Estadão Conteúdo Fachada da Casa de Detenção do Complexo Penitenciário do Carandiru, na zona norte de São Paulo, dois dias após o massacre ocorrido no local, quando 111 detentos foram mortos pela Polícia Militar durante uma rebelião

O julgamento sobre o pedido de redução de pena para 74 policiais militares de São Paulo pelo Massacre do Carandiru foi suspenso nesta terça-feira, 22, após pedido de vista. O responsável pela solicitação de mais tempo para análise foi o desembargador Edson Aparecido Brandão, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Em sua fala, Brandão justificou precisar de mais tempo por “motivos técnicos” e se mostrou surpreso pelo julgamento entrar na pauta neste ano. “Imaginei que o julgamento fosse marcado mais para o início do ano que vem. A pauta, porém, encurtou. Eu necessito dessa vista tecnicamente para arrematar algumas coisas “, afirmou, descartando risco do processo prescrever. Ainda não há previsão para retomada do julgamento. O Massacre do Carandiru aconteceu em 1992 e causou a morte de 111 detentos no pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo. Ao todo, 74 policiais foram denunciados e condenados a penas que vão de 48 a 632 anos de prisão. Anuladas em 2018, pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, as penas foram restabelecidas no ano passado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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