Perícia confirma que restos mortais encontrados no Amazonas são de Bruno Pereira
Em nota, Polícia Federal informou que Dom e Bruno foram atingidos por tiros: o indigenista foi baleado três vezes, na cabeça e no tórax, já o jornalista, uma vez, no tórax
A Polícia Federal (PF) informou, na tarde deste sábado, 18, que parte dos restos mortais encontrados no Amazonas, na quarta-feira, 15, são do indigenista Bruno Araújo Pereira. De acordo com a corporação, a confirmação foi feita com base no exame de Odontologia Legal, ou seja, de arcada dentária. Na noite da sexta-feira, 17, a perícia já havia confirmado a identificação do corpo do jornalista britânico Dom Phillips. A dupla desapareceu no domingo, 5, na região do Vale do Javari. Até o momento, três suspeitos do crime foram presos: os irmãos Amarildo de Oliveira, o Pelado, e Oseney de Oliveira, o Dos Santos, além de Jefferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha, que se entregou na manhã deste sábado na Delegacia de Polícia de Atalaia do Norte (AM). Pelado confessou o assassinato das vítimas e disse aos policiais que, depois de mortos, Bruno e Dom foram esquartejados, incinerados e enterrados.
“O Comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal/AM informa que os remanescentes do Sr. Bruno Pereira fazem parte do material que passa por perícia no Instituto Nacional de Criminalística (INC). A confirmação foi feita com base no exame de Odontologia Legal (arcada dentária). Na noite de ontem, 17/06/2022, foi confirmada a identificação de remanescentes do Sr. Dom Phillips por exame papiloscópico (impressões digitais), em complementação a identificação prévia por odontologia legal, combinada com antropologia forense. Não existem indicativos da presença de outros indivíduos em meio ao material que passa por exames”, diz um trecho da nota.
Ainda segundo o comunicado divulgado na tarde deste sábado pela PF, a morte de Dom Phillips foi causada por “traumatismo toracoabdominal por disparo de arma de fogo com munição típica de caça, com múltiplos balins, ocasionando lesões principalmente sediadas na região abdominal e torácica (1 tiro)”. Bruno, por sua vez, morreu em decorrência de “traumatismo toracoabdominal e craniano por disparos de arma de fogo com munição típica de caça, com múltiplos balins, que ocasionaram lesões sediadas no tórax/abdômen (2 tiros) e face/crânio (1 tiro)”.
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