Pezão rebate Ministro da Justiça: “não negocio com criminosos”
Horas após o Ministro da Justiça, Torquato Jardim, ter acusado o governo do Rio de Janeiro de não ter comando sobre o crime organizado, o governador Luiz Fernando Pezão fez questão de se manifestar. Em nota, Pezão afirma que o governo e o comando da PM não negociam com criminosos.
O texto ainda exalta a integridade do comandante da PM, coronel Wolney Dias e revela que Torquato Jardim jamais o procurou para tratar as questões de segurança pública do Rio de Janeiro. Pezão destaca também que as escolhas de comandos de batalhões e delegacias são pautadas em decisões técnicas e jamais recebeu pedidos de deputados na nomeação de cargos.
O secretário de segurança do Rio de Janeiro, Roberto Sá, também rebateu as acusações do Ministro da Justiça de que a morte do tenente-coronel Luiz Gustavo Teixeira, do 3ª Batalhão da PM, teria sido “acerto de contas”. Em nota, Sá reafirma que as investigações apontam para tentativa de roubo.
Refém da violência urbana
Mais cedo, em participação no Jornal da Manhã, o governador Pezão culpou a violência urbana e a crise financeira pelo caos vivido no estado. Além disso, também reafirmou que não adianta apenas prender “chefes do tráfico”.
“Esse é um problema de todas as capitais, mas é claro que o Rio de Janeiro tem uma divulgação muito maior dos seus problemas, não tenho dúvidas disso. A cobertura aqui é muito diferente de São Paulo, que não tem a guerra do tráfico, pois tem um comando único onde o crime é centralizado em apenas em uma só facção…aqui temos três grandes facções brigando pelo controle”, ressaltou Pezão.
Confira a nota oficial do governo do Estado do Rio de Janeiro:
O governador Luiz Fernando Pezão afirma que o governo do estado e o comando da Polícia Militar não negociam com criminosos, ressaltando que “o comandante da PM, coronel Wolney Dias, é um profissional íntegro”. O governador destaca ainda que o ministro da Justiça, Torquato Jardim, nunca o procurou para tratar do assunto abordado pelo ministro na entrevista concedida ao UOL. Pezão frisa também que as escolhas de comandos de batalhões e delegacias fluminenses são decisões técnicas e que jamais recebeu pedidos de deputados para tais cargos.
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