PF deflagra operação contra corrupção em programas do governo do Rio de Janeiro

‘Sétimo Mandamento’ também investiga os crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro que teriam sido praticados nos projetos Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel

  • Por Caroline Hardt
  • 20/12/2023 08h58 - Atualizado em 20/12/2023 10h37
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Divulgação / Polícia Federal Polícia Federal Agentes cumprem três mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), na cidade do Rio de Janeiro

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira, 20, a Operação Sétimo Mandamento, que busca investigar os crimes de organização criminosa, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, que teriam sido praticados durante a execução dos projetos Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel, geridos pelo governo estadual, entre os anos 2017 e 2020. Durante o período investigado, foram governadores Luiz Fernando Pezão (2015-2018) e Wilson Witzel (2019-2021). O atual governador Cláudio Castro (PL) ocupava os cargos de vereador na capital fluminense (2016-2018) e de vice-governador (2019-2020). Ele assumiu a chefe do Estado em maio de 2021 após o afastamento de Witzel. Embora não seja alvo dos mandados nesta quarta, Castro é investigado.

Agentes cumprem três mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), na cidade do Rio de Janeiro. Também são cumpridos medidas de afastamento de sigilo bancário e fiscal e seis medidas de afastamento de sigilo telemático, informou a PF em comunicado. Segundo as investigações, a organização criminosa realizou fraude a licitações e contratos administrativos, desvio de verbas públicas e pagamentos de “propinas” aos envolvidos nos esquemas criminosos. O grupo obteve vantagens econômicas e políticas indevidas, uma vez que direcionou a execução dos projetos sociais para seus redutos eleitorais. A Polícia Federal informa que foram identificados pagamentos de vantagens ilícitas variáveis entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social, que totalizam mais de R$ 70 milhões. As investigações seguem em sigilo.

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