PL vai ao TSE contra Lollapalooza após Pabllo Vittar exibir bandeira de Lula
Legenda afirma que ato da cantora se assemelha a showmício e pede que organização do festival advirta artistas
Partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL entrou neste sábado, 26, com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o festival de música Lollapalooza após artistas como Pabllo Vittar criticarem o chefe do Executivo e exaltarem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal adversário de Bolsonaro e líder nas pesquisas de intenção de voto na corrida eleitoral deste ano. Pabllo chegou a exibir uma bandeira de Lula em sua apresentação, fato apontado pelo PL na peça judicial. De acordo com a legenda, o ato se assemelha a showmício e fere a lei eleitoral. “O ato induz a concluir que o beneficiário Lula seria o mais apto nas eleições, posto que conta com o apoio de artista renomado e gritos de apoio do público”, diz a representação do PL, que pede à empresa organizadora do Lollapalooza advertir os cantores. “Impedindo a prática de ilícitos aqui incluídos os cíveis, administrativos, criminais e eleitorais sob aqueles que, naquele momento, atuam em seu nome”.
Os advogados da legenda dizem que a organizadora do Lollapalooza pode sofrer multa “condizente ao grande poder econômico da organização de um evento deste porte” caso manifestações políticas voltem a acontecer no festival, que começou na sexta-feira e tem programação até amanhã, domingo. O PL também cita as críticas da cantora britânica Marina ao presidente brasileiro. “Estamos cansados dessa energia”, disse Marina. A banda Strokes soltou um “Fora, Bolsonaro” ao final do show, mas o episódio não foi relatado pelo partido.
*Com Estadão Conteúdo
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