PM: confronto foi causado por explosões no meio de grupo pró-Lula

  • Por Estadão Conteúdo
  • 08/04/2018 09h23 - Atualizado em 08/04/2018 09h45
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GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADÃO CONTEÚDO Movimentação de manifestantes contra e a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba, na noite deste sábado. Lula se entregou à Polícia Federal no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, e está detido na PF da capital paranaense.

Confronto entre manifestantes pró-Lula e policiais terminou com oito feridos no fim da noite de sábado, 7, em Curitiba. Confusão ocorreu após duas explosões no meio do grupo de simpatizantes ao ex-presidente gerar princípio de tumulto nos portões da Polícia Federal.

“Houve uma explosão, na verdade, duas explosões, no meio dos manifestantes. Com o efeito das explosões, eles avançaram contra o portão da Polícia Federal e esta, por sua vez, repeliu”, afirmou o tenente-coronel Mário Henrique do Carmo, comandante do 20º Batalhão da Polícia Militar. De acordo com Carmo, os estouros ocorreram no momento que policiais e manifestantes negociavam área de interdição no entorno da PF.

A corporação ainda não identificou a origem das duas explosões no grupo petista, mas descartou envolvimento de manifestantes que apoiavam a Operação Lava Jato, que protestavam no mesmo local.

“Os outros manifestantes estavam a cerca de 60 metros de distância soltando fogos para cima. Isso ficou bem identificado”, disse o tenente-coronel. Segundo Carmo, imagens da PM e da imprensa serão analisadas para tentar identificar a causa das explosões.

Após os estouros, os manifestantes correram em direção aos portões da PF, que dispersou o grupo com bombas de efeito moral. A ação desencadeou um conflito entre o simpatizantes do petista e policiais federais e militares. O tumulto terminou com oito pessoas feridas, três precisaram ser hospitalizadas. No meio do confronto, um policial militar foi apedrejado na cabeça.

Segundo o tenente-coronel Carmo, a PM reagiu aos ataques com balas de borracha enquanto a PF usou bombas de efeito moral. Os manifestantes, segundo o militar, lançaram pedras contra os policiais.

Apesar do confronto, a PM nega que houve falhas no esquema de segurança no entorno da superintendência da PF. “Nós fizemos desde o início a separação dos dois movimentos [pró e contra Lula]”, explicou Carmo. “No momento em que a aeronave [que trazia Lula] se aproximou para executar o pouso, houve duas explosões e a Polícia Federal reagiu”.

A corporação negou que grupo petista tenha tentado invadir o prédio da PF e disse que nenhum manifestante passou por revista durante os protestos no local. A PM afirmou ainda que irá manter um isolamento no entorno da sede da PF. Um quarteirão à esquerda e outro à direita do prédio serão fechados para garantir o funcionamento do órgão e atendimento à população.

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