PMs envolvidos na morte de Ágatha se recusam a participar de reconstituição
Os 11 policiais militares envolvidos, direta ou indiretamente, na morte da menina Ágatha Félix, de 8 anos, que foi atingida com um tiro nas costas na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, se recusaram a participar da reconstituição do caso, realizada na noite desta terça-feira (1º).
A orientação foi da defesa dos policiais. A mãe de Ágatha, Vanessa Sales, também não compareceu, pois não estava passando bem.
O diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), delegado Antônio Ricardo, afirmou que a reconstituição poderá revelar se havia troca de tiros no momento da morte de Ágatha, conforme sustentam os policiais militares, ou se não havia, segundo relatos de testemunhas.
“Nós esperamos chegar à conclusão sobre quem efetuou o disparo que matou a menina Ágatha. Nós queremos confrontar as versões apresentadas em sede policial com o que nós podemos presenciar aqui no local. A ideia é saber se houve confronto ou não”, disse o delegado momentos antes de iniciar a reconstituição.
A kombi que transportava a menina e a mãe, além de outros passageiros, foi levada ao local. Para garantir a segurança durante a perícia, foi mobilizado um contingente de 70 policiais civis e três carros blindados, conhecidos como caveirões.
Versões diferentes
A perícia do fragmento de bala que provocou a morte da criança indicou que “é adequado à arma de fogo tipo fuzil”. No entanto, o exame de balística não vai conseguir identificar de que arma partiu o disparo.
De acordo com relatos de moradores pelas redes sociais, o tiro teria sido disparado por militares da UPP, que atiraram contra ocupantes de uma motocicleta em fuga. A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMRJ), entretanto, manteve a versão de que os agentes apenas revidaram a uma agressão de criminosos “quando foram atacados de várias localidades da comunidade de forma simultânea”.
* Com informações da Agência Brasil
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