‘Pode ir na ONU ou na Liga da Justiça, não estou nem aí’, diz Tarcísio sobre denúncias de abusos da polícia

Ministério Público de São Paulo anunciou a abertura de uma investigação para apurar a suspeita de que mortos na Operação Verão estariam sendo levados como vivos para hospitais

  • Por Jovem Pan
  • 08/03/2024 19h47 - Atualizado em 08/03/2024 19h47
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Mônica Andrade/Governo do Estado de São Paulo Cerimônia de Formatura do Doutorado Profissional em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública e da Pós-Graduação Lato Sensu em Polícia Judiciária e Sistema de Justiça Criminal Tarcísio de Freitas elogiou atuação da Polícia Militar em operação na Baixada Santista

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) manifestou nesta sexta-feira (8) sua indiferença em relação às denúncias de abusos ocorridos durante a Operação Verão da Polícia Militar no litoral de São Paulo. “Sinceramente, nós temos muita tranquilidade com o que está sendo feito. O pessoal pode ir à ONU, pode ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não estou nem aí”, afirmou o governador, em entrevista coletiva. A Conectas Direitos Humanos e a Comissão Arns apresentaram uma queixa ao Conselho de Direitos Humanos da ONU pela escalada da violência policial na Baixada Santista. O Gaesp (Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial), do Ministério Público de São Paulo, também anunciou a abertura de uma investigação para apurar denúncias de que mortos na operação estariam sendo levados como vivos para hospitais, conforme revelado pelo G1.

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O governador negou ter recebido as denúncias de irregularidades e defendeu o trabalho dos policiais, ressaltando o “profissionalismo” dos agentes de segurança e o enfrentamento aos criminosos para proteger a sociedade. Até o dia 1º de março, a Operação Verão resultou em 39 mortes na Baixada Santista, tornando-se a segunda ação mais letal da história de São Paulo, superando até mesmo a Operação Escudo, realizada na mesma região. Essas operações foram desencadeadas em resposta a ataques que vitimaram policiais em serviço.

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