Polícia de SP prende quadrilha que oferecia ‘ajuda espiritual’ para aplicar golpes em idosos

Três homens e uma mulher foram presos; uma das vítimas chegou a perder R$ 12 mil para falso líder religioso

  • Por Jovem Pan
  • 12/05/2023 21h29
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Divulgação/Polícia Civil Materiais apreendidos pela Polícia Civil durante a ação Materiais apreendidos pela Polícia Civil durante a ação

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta quinta-feira, 11, uma quadrilha que prometia “ajuda espiritual” para aplicar golpes em idosos, na zona leste da capital. No total, três homens e uma mulher foram detidos segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP). A investigação durou um mês. O grupo oferecia uma falsa ajuda espiritual para arrancar dinheiro das vítimas, em sua maioria idosos. Uma das vítimas chegou a perder mais de R$ 12 mil.

Os suspeitos agiam na região da Penha e, segundo a pasta, quase sempre da mesma forma. Eles abordavam um idoso na rua e conversavam com a vítima. Após conquistar a confiança da vítima, os criminosos ofereciam uma ajuda espiritual com um falso líder “para resolver um problema de saúde”. De acordo com o órgão, um integrante da quadrilha aguardava dentro de um veículo, com vestes religiosas, para dar o falso tratamento. Segundo as investigações, a vítima era orientada a dar o cartão bancário para ser “abençoado”, conforme disse a SSP. Na sequência, o cartão era colocado em um envelope ou embrulho de papel. Os golpistas orientavam a vítima a abri-lo somente quando chegasse em sua residência. Neste momento, a vítima descobria que o embrulho tinha apenas uma pedaço de papel. O grupo realizava vários saques e transações bancárias com o cartão da vítima.

Após as investigações, policiais civis identificaram os envolvidos e o carro utilizado para aplicar os golpes. De acordo com a SSP, a abordagem ocorreu na Rua Evans. Os quatros suspeitos estavam no veículo e foram conduzidos ao 64º DP, “onde foram ouvidos e explicaram a participação de cada um nos golpes”. Os suspeitos foram indiciados por estelionato e formação de organização criminosa e permanecem presos, sem direito a fiança, segundo informou a SSP.
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