Polícia do Paraná encontra ossada de Leandro Bossi, menino desaparecido há 30 anos em Guaratuba

Fragmentos de oito ossadas foram encaminhados para análise de DNA e o primeiro deles corresponde aos traços genéticos da mãe do menino

  • Por Jovem Pan
  • 10/06/2022 16h59 - Atualizado em 10/06/2022 23h01
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Divulgação / Polícia Civil do Paraná Leandro Bossi: garoto loiro de sete anos de idade Leandro Bossi desapareceu em fevereiro de 1992, dois meses antes de Evandro Ramos Caetano

A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) informou nesta sexta, 10, ter encontrado uma ossada que corresponde ao resultado genético de Leandro Bossi, menino de sete anos desaparecido em Guaratuba, no litoral do Estado, desde 15 de fevereiro de 1992. Segundo a PC-PR, fragmentos de oito ossadas foram encaminhados para análise e o primeiro resultado já correspondeu ao da mãe de Leandro, Paulina Bossi, com 99,99% de compatibilidade – os resultados das outras sete ainda não foram revelados e podem indicar outras pessoas que teriam desaparecido. Com os restos mortais identificados, o inquérito para o desaparecimento do garoto será encerrado, mas o que visava apurar o possível assassinato prosseguirá. O governo paranaense ainda não detalhou onde a ossada foi encontrada e analisada, nem quando o resultado genético foi concluído.

Leandro foi visto pela última vez com vida em um show do cantor Moraes Moreira na cidade. Paulina trabalhava em um hotel na cidade e o pai, João Bossi, estava fora há dois dias por causa do trabalho como pescador. Dois meses depois, outro menino, Evandro Ramos Caetano, de seis anos, também desapareceu na cidade, mas seu corpo foi encontrado dias depois, com mutilações. Sete pessoas foram acusadas pela morte de Evandro, incluindo Celina e Beatriz Abagge, respectivamente a esposa e a filha do então prefeito de Guaratuba. Em determinado momento, cinco dos acusados confessaram terem matado os dois garotos em rituais satânicos. Contudo, o podcast ‘Projeto Humanos’ provou em 2019 que as confissões deles foram obtidas sob tortura de agentes da Polícia Militar, sendo portanto, falsas. João Bossi morreu em 2021, sem ter uma resposta sobre o que aconteceu com o filho.

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