Polícia procura suposta psicóloga acusada de envenenar empresário com brigadeirão
Júlia Pimenta, que também trabalhava como garota de programa, é suspeita de ter pressionado Ormon para que formalizassem uma união estável, com o objetivo de se beneficiar de sua herança
A psicóloga Júlia Pimenta é procurada pelas autoridades policiais do Rio de Janeiro pela envenenamento do empresário Luís Ormon, no Rio de Janeiro. A investigação da Polícia Civil sugere que o crime foi motivado por questões financeiras, desvendando uma trama de manipulação e exploração da vulnerabilidade emocional da vítima. Pimenta, que também trabalhava como garota de programa, é suspeita de ter pressionado Ormon para que formalizassem uma união estável, com o objetivo de se beneficiar de sua herança. O empresário havia compartilhado com amigos e familiares o seu interesse em formalizar a relação com Pimenta, mas a polícia acredita que a recusa de Ormon em atende à exigência rapidamente levou a acusada a conspirar para o assassinato. A vítima teria sido envenenada por um doce de chocolate chamado brigadeirão, que teria sido preparado com 50 comprimidos de morfina diluídos. No dia 17 de maio, Luiz Marcelo foi filmado dando um beijo em Júlia no elevador do prédio, segurando o doce. Dias depois, o corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição na sala de casa. A mulher chegou a prestar depoimento, no dia 22 de maio, mas como ainda não era suspeita, foi liberada. O delegado responsável pelo caso mencionou que Júlia demostrou frieza, mas que “naquele momento ela não estava em flagrante”, disse o delegado.
A polícia também apurou que as versões sobre como o casal se conheceu são conflitantes, com relatos de amigos indicando diferentes situações. Uma cabeleireira amiga da vítima afirmou que o relacionamento de Luiz Marcelo com Júlia era complicado, pois ele sabia que ela tinha outro relacionamento. Uma testemunha que conhecia Luiz Marcelo desde a adolescência alertou sobre as intenções do empresário de levar Júlia para morar com ele, apontando que ela não era a pessoa certa devido ao relacionamento com outra pessoa e outras questões. A Justiça decretou a prisão de Júlia. O empresário revelou que a relação com Júlia era esporádica há pelo menos 10 anos, mas tornou-se mais estável desde abril, quando a convidou para morar com ele. Em um áudio, ele mencionou que Júlia estava ansiosa para sacramentar a união, mas ele estava segurando e não pretendia acelerar o processo. Em abril, Luiz Marcelo alterou seu perfil em uma rede social informando que havia se casado, o que gerou alerta de pessoas próximas sobre a relação. Além de Júlia Pimenta, outras pessoas implicadas no caso foram identificadas e estão auxiliando nas investigações. Entre elas, uma cigana que foi detida e um receptador que negociou bens pessoais do empresário após sua morte, incluindo seu carro, computador e celular. Enquanto a busca por Pimenta continua, a polícia se empenha em desvendar completamente as circunstâncias e motivações por trás do assassinato.
A mulher prestou depoimento no dia 22 de maio e desde então não foi mais localizada pelas polícia. Marcos Buss diz que Júlia não foi presa após a oitiva por não existir base legal. “Naquele momento não (tinha base legal para prendê-la). Porque ela não estava em flagrante e até aquele momento nós estávamos procurando a autoria e entender o que tinha acontecido”, disse o delegado.
Publicado por Heverton Nascimento
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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