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Ponto a ponto: confira a proposta do governo para a reforma da Previdência de militares

O presidente da República, Jair Bolsonaro, entregou à Câmara nesta quarta-feira (20) um projeto de mudança em benefícios de militares. Em dados divulgados nesta tarde pelos ministérios da Economia e da Defesa, foi previsto que – ao longo de 10 anos – o governo poupe R$ 97,3 bilhões com a reforma da Previdência específica, contudo, haverá gasto de R$ 86,85 bilhões com reestruturação de carreiras.

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Com os dois pesos, medidos por economistas e militares para viabilizar a reforma, o governo terá uma economia líquida de R$ 10,45 bilhões em uma década. Entre as principais mudanças está o aumento no tempo de contribuição para servidores do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, além de novas alíquotas para pensionistas, que antes eram isentas. Por outro lado, o governo propôs adicionais ao soldo dos militares

Tempo de serviço

O tempo mínimo de atividade será elevado de 30 para 35 anos, idade igualitária para homens e mulheres de todas as carreiras das Forças Armadas.

Alíquotas previdenciárias

Idade limite

O projeto de reforma também prevê aumento da idade limite de transferência de militares para a reserva. O posto mais alto (equivalente a general-de-exército), deve ser alterada de 66 para 70 anos; a patente mais baixa, soldado, será alterada de 44 para 50 anos.

Pedágio para aposentadoria

Assim como na reforma da Previdência geral, militares da ativa que ainda não tiverem preenchido os requisitos mínimos para aposentadoria quando o projeto for transformado em lei, deverá cumprir 30 anos de serviço acrescido de um “pedágio” de 17% do tempo faltante.

Dependentes

O projeto também prevê redução em categorias de pessoas dependentes dos servidores militares. Serão considerados dependentes em todas as situações: cônjuge ou companheiro em união estável, além de filhos e enteados com até 21 anos ou por toda a vida, se inválidos.

Serão considerados dependentes desde que não tenham rendimentos: pai e mãe; tutelados, curatelados, inválidos ou menores de 18 anos com guarda decidida pela justiça; filho ou enteado estudante menor de 24 anos.

Redução de efetivo

Para potencializar os resultados da reforma e da reestruturação de carreiras, o governo decidiu propor a redução de 10% do efetivo das Forças Armadas em uma década. Isso resultará numa perda de 36 mil militares ao fim do período previsto.

Adicional de habilitação

O governo passará a remunerar de forma adicional militares que realizarem cursos com bom aproveitamento. O objetivo é incentivar a especialização. Esse benefício já existe e deve ser “oficializado” de maneira gradual com projeto de lei.

Adicional de disponibilidade militar

O governo decidiu criar um bônus sobre o soldo de oficiais e praças, pago mensalmente a partir de janeiro do ano que vem, tendo em vista que “a disponibilidade permanente é peculiaridade da profissão militar”. Para o governo, isso vai impactar positivamente a liderança das Forças Armadas e reforça a hierarquia militar.

Ajuda de custo

O governo propôs um reajuste na indenização de militares que passarem para a reserva. O valor vai dobrar: de quatro para oito vezes o valor do soldo mensal, pago de uma única vez. Por exemplo, se um militar tem soldo mensal de R$ 10 mil, ao se aposentar, ele receberá uma indenização, em parcela única, de R$ 80 mil.

De acordo com nota dos ministérios da Defesa e da Economia, isso “visa mitigar as despesas com que o militar deve arcar por ocasião da transferência para a inatividade, referentes ao custeio da realocação de seus bens e de sua família, para onde finalmente fixará residência”.

Gratificação de representação

O governo federal pretende formalizar a manutenção de um bônus salarial pago mensalmente aos oficiais generais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica que estejam tanto na ativa quando na reserva.

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