Por falta de doses, campanha de vacinação contra a Covid-19 será interrompida no Rio

Prefeito Eduardo Paes informou, por meio de publicação nas redes sociais, que nova leva deve chegar do Instituto Butantan na próxima semana

  • Por Jovem Pan
  • 15/02/2021 08h24 - Atualizado em 15/02/2021 10h46
VASCONCELOS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 19/01/2021 Brasil atingiu a maior média de mortes por Covid-19 desde o início da pandemia

O prefeito do Rio de JaneiroEduardo Paes (DEM), informou nesta segunda-feira, 15, em publicação nas redes sociais, que recebeu a notícia de que não chegaram novas doses da vacina contra a Covid-19 na cidade. Por isso, a campanha será interrompida. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, serão vacinados nesta segunda-feira os idosos com 84 anos, e na terça, com 83 anos. Com a chegada de novas remessas na próxima semana, a previsão é que a vacinação de pessoas com 82 anos seja retomada. “Hoje vacinamos pessoas de 84 anos e amanhã de 83. Estamos prontos e já vacinamos 244.852 pessoas. Só precisamos que a vacina chegue. Nova leva deve chegar do Butanta na próxima semana”, escreveu o mandatário. O calendário de imunização havia sido antecipado no dia 2 de fevereiro e a previsão era de que todos os idosos com até 75 anos fossem vacinados até o fim de fevereiro. A aplicação da segunda dose de quem tomou a primeira está garantida.

O Instituto Butantan ficou quase 20 dias sem produzir a CoronaVac após um atraso dos insumos vindos da China. Agora em fevereiro, após o entrave, dois lotes que somam 11 mil litros de insumos foram entregues ao Brasil e mais de 17 milhões de doses estão em fase de envase na capital paulista. A expectativa é de que a distribuição pela pasta deve voltar a acontecer após o dia 23 de fevereiro. A Fiocruz também recebeu 90 litros de insumos para produção de 2,7 milhões da vacina de Oxford, com entrega prevista para março. Somado com o que já foi entregue, o Ministério da Saúde deve ter até meados de março 32 milhões de doses prontas para aplicação.

Governadores farão nova reunião com Pazuello sobre cronograma de vacinação

O Brasil atingiu a maior média de mortes por Covid-19 desde o início da pandemia. Segundo o Ministério da Saúde, foram 713 óbitos confirmados pela doença nas últimas 24 horas. Com isso, já são 25 dias seguidos com uma média móvel superior a mil, o que é considerado um recorde. Ao todo, quase 240 mil vidas já foram perdidas para o coronavírus e cerca de 9,8 milhões de infectados. Considerando este cenário, na quarta-feira, 17, governadores vão se reunir com o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, para discutir o enfrentamento a pandemia. Os gestores querem que o ministro detalhe o cronograma da entrega de imunizantes até abril e o andamento das negociações para a compra da Sputnik V, vacina russa contra a Covid-19. Segundo o governador do Piauí, Wellington Dias, se a campanha seguir nessa velocidade, o plano do governo de vacinar 50% da população até junho não vai se concretizar.

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