Porto Alegre tem apenas duas estações de água funcionando, diz prefeito

Cerca de 70% da capital gaúcha está sem acesso à água potável; prefeitura fez apelo por racionamento

  • Por Jovem Pan
  • 05/05/2024 19h20
DONALDO HADLICH/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO Alagamento na Avenida Voluntários da Pátria, no centro da cidade de Porto Alegre Alagamento na Avenida Voluntários da Pátria, no centro da cidade de Porto Alegre

Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, encontra-se em um dos momentos mais críticos de sua história. A cidade está sendo assolada por inundações sem precedentes, desencadeando uma crise de proporções gigantescas. Em uma coletiva de imprensa neste domingo (5), o prefeito Sebastião Melo (MDB), ao lado do vice-prefeito Ricardo Gomes e outras autoridades, delineou os esforços em curso para resgatar e acolher os afetados. A situação é grave, com mais de 6.000 pessoas já abrigadas em locais seguros, e uma mobilização massiva de voluntários, o Exército Brasileiro, bombeiros e cidadãos comuns, que têm contribuído com barcos e jet skis para as operações de resgate. O Rio Guaíba chegou à marca histórica de 5,3 metros. Um dos desafios mais críticos enfrentados pela cidade é o abastecimento de água. Atualmente, com apenas duas estações de tratamento em funcionamento, cerca de 70% de Porto Alegre está sem acesso à água potável.

A complexidade da operação de resgate é acentuada pela dificuldade de acesso a certas áreas, tornando as embarcações essenciais para alcançar aqueles que estão isolados. O vice-prefeito Gomes ressaltou a importância da colaboração entre diferentes entidades e a urgente necessidade de mais voluntários que possam disponibilizar barcos. Com 93 bairros afetados, a cidade está em um esforço contínuo para atender às necessidades emergenciais dos cidadãos, incluindo medidas como a suspensão das aulas e apelos para o uso consciente da água.

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Em meio à adversidade, o prefeito Melo fez um apelo à solidariedade e ao apoio contínuo da população. Ele enfatizou a necessidade de evitar a disseminação de informações falsas e de focar os esforços na salvação de vidas. A gratidão foi expressa às inúmeras organizações e voluntários que têm se dedicado a ajudar, ressaltando que a prioridade é o resgate e a segurança de todos os afetados. Estados como São Paulo e Minas Gerais também ofereceram assistência técnica.

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