Predominância feminina: Homens são maioria apenas na população até 19 anos
Segundo as novas informações do Censo 2022, divulgadas pelo IBGE nesta sexta-feira, 27, o Brasil tem seis milhões de mulheres a mais
A população brasileira está mais feminina, como apontam os novos dados do Censo de 2022, divulgados nesta sexta-feira, 27, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo as informações, o Brasil tem seis milhões de mulheres a mais do que homens. Em números, isso aponta que do total de residentes do país, 51,5% (104.548.325) eram mulheres e 48,5% (98.532.431) eram homens. Por sua vez, os homens são maioria apenas na população até os 19 anos, partindo de 103,5 homens para cada 100 mulheres na faixa de 0 a 4 anos. A partir do grupo etário de 25 a 29 anos, a população feminina se torna majoritária em todas as regiões e entre pessoas de 90 a 94 anos, há o dobro de mulheres. “Isso está relacionado com a maior mortalidade dos homens em todos os grupos etários: desde bebê até as idades mais longevas, a mortalidade dos homens é maior. Além disso, nas idades adultas, a sobremortalidade masculina é mais intensa”, aponta a gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, Izabel Marri. Sobremortalidade é uma medida estatística que compara as probabilidades de morte de, por exemplo, homens e mulheres.
A razão de sexo, número de homens em relação ao grupo de 100 mulheres, foi de 94,2. Isso mostra que a tendência histórica de predominância feminina na composição por sexo da população se acentuou: em 1980, eram 98,7 homens para cada 100 mulheres; em 2010, 96,0. Esse comportamento de aumento na proporção de mulheres se repete em todas as grandes regiões. Desde 2000, a região Sudeste tem a menor proporção de homens, com uma razão de sexo de 92,9 em 2022. A maior razão de sexo está na região Norte (99,7), sendo a primeira vez na série que essa região se mostrou com maior número de mulheres do que homens. As unidades da federação com menores razões de sexo são Rio de Janeiro (89,4), Distrito Federal (91,1) e Pernambuco (91,2). Já Mato Grosso (101,3), Roraima (101,3) e Tocantins (100,4) tem mais homens do que mulheres. “Além do envelhecimento populacional, também os efeitos da migração influenciam as razões de sexo de cada local”, explica Marri.
O levantamento ainda demonstrou que a razão sexo também é menor em municípios mais populosos, ou seja, em municípios de maior porte populacional há uma proporção menor de homens em relação às mulheres. Esses valores partem de 102,3 homens por mulher, nos municípios com até 5.000 habitantes, até 88,9 para os municípios com mais de 500.000 habitantes. Destaca-se que é a partir da faixa de 20.001 a 50.000 habitantes que as razões de sexo assumem valores abaixo de 100, refletindo uma maior participação das mulheres na composição populacional.
O Censo Demográfico é a principal fonte de referência sobre as condições de vida da população em todos os municípios do país e em seus recortes territoriais internos. Os resultados do universo da população por idade e sexo do Censo Demográfico 2022 apresentam a distribuição da população residente no país segundo grupos etários e sexo, além de alguns indicadores derivados dessas informações, como a idade mediana, o índice de envelhecimento e a razão de sexo, para Brasil, grandes regiões, unidades da federação, concentrações urbanas e municípios.
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