Prefeitura do Rio prevê dose de reforço em idosos em outubro deste ano
Secretário de Saúde diz que a aplicação deve ser feita com vacinas de diferentes fabricantes; necessidade da terceira dose ainda está em estudo
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro incluiu a aplicação de uma terceira dose da vacina contra Covid-19 em idosos no novo calendário de vacinação, apresentado nesta sexta-feira, 16. Consta no novo cronograma que a dose de reforço em pessoas com mais de 80 anos será iniciada em outubro de 2021. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, explicou, no entanto, que a inclusão serve apenas para dar previsibilidade para os munícipes, já que a necessidade de uma terceira aplicação ainda não foi confirmada por estudos. “É uma pandemia, as informações sempre precisam ser ajustadas ao longo do processo. Mas é importante que toda a sociedade saiba e, essa é a intenção do prefeito, que isso faz parte do nosso planejamento e das nossas discussões internas”, justificou o secretário.
“A gente está prevendo aqui e organizando a nossa logística, mas temos alguns fatores, como avaliar como estarão os níveis de proteção das pessoas que tomaram a vacina há seis meses atrás, que é mais ou menos o que acontece em outubro com esse grupo de 80 anos ou mais. Segundo ponto: qual será a recomendação do Programa Nacional de Imunização na época? Essa é uma discussão que já acontece”, disse Soranz. “Infelizmente, neste momento a gente tem um problema no Ministério da Saúde, porque a coordenação do PNI acabou de ser trocada, então ainda há uma dificuldade de avanços nessas discussões. Mas elas precisam ser colocadas”, acrescentou. Segundo Soranz, atualmente, a pasta cogita a possibilidade de uma terceira dose apenas para idosos. Além disso, o secretário afirmou que o governo municipal estuda a aplicação de uma vacina de fabricante diferente do imunizante usado na primeira e na segunda dose.
“Uma outra discussão que é fundamental, e que a prefeitura do Rio já vem se posicionando, é sobre as vacinas heterólogas, de diferentes fabricantes. É muito importante que se comece a discutir isso. A maior parte das evidências científicas colocam que as vacinas heterólogas trazem efeitos de proteção superiores. Então, a gente precisa colocar isso na pauta de discussão, principalmente do Plano Nacional de Imunização”, defendeu Soranz. “Muito provavelmente esse reforço será feito com uma vacina heteróloga, diferente da que o idoso tomou, porque é como essa discussão está se dando. Não que não possa acontecer com a mesma vacina das primeiras doses. Isso ainda está em discussão de efetividade”, concluiu.
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