Prefeitura do Rio realiza demolição de mansão estimada em R$ 2,5 milhões na Rocinha
Imóvel possuía três andares, cobertura e vista privilegiada; setor de inteligência acredita que residência seria de um dos líderes do tráfico na comunidade
A Prefeitura do Rio de Janeiro e o Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), realizaram nesta quarta-feira, 13, mais uma operação de demolição de construção irregular na favela da Rocinha, zona sul da cidade. Trata-se desta vez de uma mansão de luxo com três andares e cobertura. A construção, que possui uma área de aproximadamente 600 m², sendo 100 m² de terraço descoberto, tem vista para a Lagoa Rodrigo de Freitas, Praia de São Conrado e Cristo Redentor. A obra estava sendo feita sem nenhuma permissão das autoridades públicas, era ilegalizável e colocava em risco quem fosse residir no local, além dos imóveis ao lado. De acordo com levantamento dos setores de inteligência dos órgãos, o imóvel seria de uma das lideranças do crime organizado da região. “Essa é mais uma ação conjunta da Secretaria de Ordem Pública (Seop) com o Gaeco, essa parceria importante da Prefeitura com o Ministério Público. Seguiremos realizando essas demolições de construções irregulares com foco na principal na preservação das vidas, recentemente nós vimos um deslizamento acontecer ali na Rocinha, mas também no ordenamento da cidade e na asfixia do crime organizado, uma vez que os setores de inteligência mapearam uma possível relação do crime organizado local com essa construção”, ressalta o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.
A demolição foi feita de forma manual, apenas com ferramentas e equipamentos portáteis, porque o local não comporta a chegada de máquinas. A operação contou com apoio da Secretaria Municipal de Conservação, Rioluz, Polícia Militar e da Guarda Municipal. No início de agosto a SEOP já tinha realizado também na Rocinha a demolição de um outro imóvel de luxo com investimento estimado de R$ 1 milhão.
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