Prefeitura e Estado fecham duas tendas de apoio na Cracolândia

  • Por Estadão Conteúdo
  • 12/10/2017 09h55
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Felipe Rau/Estadãon Conteúdo brasil, são paulo, cracolândia Quase cinco meses após a Prefeitura e o Governo do Estado realizarem uma megaoperação na região da Cracolândia, no centro de São Paulo, parte das unidades de atendimento aos usuários de drogas mantidas pelo município no local estão fechadas ou operando parcialmente

Duas tendas de atendimento a usuários de drogas foram fechadas nas últimas semanas pelo Estado e a Prefeitura de São Paulo na região da Cracolândia, em Campos Elísios, no centro da capital. Parte dos programas Redenção (municipal) e Recomeço (estadual), os espaços ofereciam serviços como pernoite, higiene e atendimento psicossocial. Mais de cinco meses após megaoperação policial na área, centenas de dependentes químicos ainda se concentram no entorno do antigo “fluxo”.

À reportagem, voluntários de uma ONG afirmaram que os usuários ficaram mais agressivos e em maior número após o fechamento das unidades. Já um rapaz de 28 anos disse à reportagem estar dormindo na calçada há três dias por não conseguir mais vagas para pernoitar nas imediações.

Poder público

De acordo com o prefeito João Doria (PSDB), o espaço Atende 2 será reaberto no dia 18 na Rua Helvétia, a cerca de 500 metros do local original, na Alameda Cleveland. Ele alegou ontem que a mudança ocorreu porque o terreno anterior integra a área de uma Parceria Público-Privada (PPP) de Habitação.

Já o Governo do Estado, por nota, afirmou que sua tenda na Rua Helvétia era temporária e teve seus serviços transferidos para outras unidades. Um dos motivos apontados é a queda no total de triagens, que foi de 953, em maio, para 642, em setembro. No mesmo período, a Unidade Recomeço, na mesma via, teve um aumento nos acolhimentos, de 2.960 para 3.487.

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