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Projeto quer obrigar detentos a ressarcir ao Estado despesas durante permanência na prisão

Justiça autoriza privatização de presídios de São Paulo

Projeto de lei apresentado em 2015 pelo então senador Waldemir Moka quer obrigar os presidiários a ressarcir o Estado das despesas com sua permanência no sistema carcerário. A votação do texto estava previsto para esta terça-feira (23), mas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), acolheu o requerimento do senador Randolfe Rodrigues (Rede) para que o tema seja discutido com mais profundidade. Por isso, ele será enviado à Comissão de Direitos Humanos da Casa, onde deve ficar por até 15 dias para debates, antes de voltar ao plenário.

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O texto original do projeto é direcionado aos condenados por corrupção e lavagem de dinheiro, dentre outros crimes financeiros. No caso de condenados sem condições econômicas, o ressarcimento ao Estado não deve prejudicar a indenização dos danos provocados pelo crime, desde que determinados judicialmente a assistência à família e pequenas despesas pessoais.

“Temos que voltar esse assunto para a Comissão de Direitos Humanos, debater com profundidade. É fácil imputar responsabilidade com  quem, muitas vezes, o Estado não teve nenhuma para [responsabilidade] com ele”, disse a senadora Rose de Freitas (Pode). “Sabemos que há, além da sanção jurídica, a sanção social. Dificilmente, a pessoa arranja emprego [após deixar a prisão]. Quem vai ser condenado com isso vai ser toda a família. Vamos encaminhar para a Comissão de Direitos Humanos”, acrescentou o senador Fabiano Contarato (Rede).

Até mesmo os senadores favoráveis ao projeto, como Major Olímpio (SP) e Soraia Thronicke (MS), ambos do PSL, concordaram com o encaminhamento da matéria à CDH. “A matéria é importantíssima, fundamental para a aplicação da justiça”, disse Olímpio. O senador chegou a pedir a apreciação também da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), mas a demanda não foi à frente.

* Com informações da Agência Brasil

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