PSDB determina expulsão de filiado que apoia candidato do PT à prefeitura de Mauá

  • Por Estadão Conteúdo
  • 07/10/2016 16h29
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Reprodução/Facebook Clóvis Volpi

O Diretório Estadual do PSDB de São Paulo determinou nesta sexta-feira (7) a expulsão do correligionário Clóvis Volpi, candidato derrotado à prefeitura de Mauá, no Grande ABC (SP), nessas eleições municipais. O motivo da expulsão foi o apoio que Volpi declarou no segundo turno das eleições municipais em Mauá à candidatura do petista Donisete Braga, em detrimento da candidatura de Átila Jacomussi (PSB), apoiada pelos tucanos.

Volpi ficou em terceiro lugar no primeiro turno. Em Mauá, ele já havia atuado como vereador por dois mandatos pelo PSDB, entre 1983 e 1988, e 1989 e 1992. Entre 1999 e 2003, também pelo PSDB, atuou como deputado federal, saiu da sigla em 2001, migrou para o PTB e foi eleito prefeito de Ribeirão Pires, exercendo mandatos entre 2005 e 2012.

O presidente do PSDB de São Paulo, Pedro Tobias, diz que a regra do partido, estabelecida em resolução aprovada pelo diretório estadual, veta qualquer apoio de membros da legenda a candidaturas do PT, considerado o maior adversário dos tucanos em todos os níveis da administração (municipal, estadual e federal).

“O partido considera a forma e a linha de atuação do PT incompatíveis com os valores da boa gestão e ética estabelecidos como base partidária”, reitera Tobias, destacando que a sigla “repudia a atitude de Volpi e lamenta que ele tenha atuado de maneira pessoal, sem consultar o partido”.

O diretório já está tomando as medidas para cancelar “de forma sumária” a filiação partidária dele. Tobias reitera que o PSDB apoiará “integralmente o projeto de eleição de Átila por considerá-lo o melhor para Mauá e seus cidadãos”. Em entrevista ao Diário do Grande ABC, Volpi justificou o apoio ao candidato do PT sob alegação de que não o apoia por questões partidárias, já que é rival do PT, mas sim por acreditar que ele tem mais condições de administrar uma cidade como Mauá. Além disso, ele disse que o plano de governo de Átila “é inexequível e eleitoral”.

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