Quase metade dos brasileiros fazem bico para completar renda, aponta pesquisa

Levantamento ouviu 2 mil pessoas em 128 municípios espalhados por todas as regiões do país; do total, 45% fizeram atividades extras

  • Por Jovem Pan
  • 10/08/2022 22h46
ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Homem andando de bicicleta com uma bag laranja Líder no segmento de bicos citados pelos entrevistados está "serviço", com 33%

Levantamento da Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) aponta que quase metade dos brasileiros com 16 anos de idade ou mais fizeram atividades extras nos últimos 12 meses para complementar a renda. Entre 1º e 5 de abril, foram entrevistados 2 mil pessoas em 128 municípios espalhados por todas as regiões do país. Deste total, 45% realizaram “bicos” durante o período. A pesquisa, divulgada nesta quarta-feira, 10, tem por objetivo revelar dados da percepção da população sobre questões sociais, raciais, de gênero e de orientação sexual. Líder no segmento de bicos citados pelos entrevistados está “serviço”, com 33%. Entre as principais atividades relatadas estão serviços de manutenção, de beleza, de segurança, de motorista, de entregas por aplicativos e até mesmo trabalhos domésticos de faxina, de babá, de aulas particulares e de cuidados com idosos e com animais. Outros 28% disseram que venderam  mercadorias, tanto alimentos preparados em casa quanto objetos artesanais confeccionados manualmente, roupas e artigos usados, cosméticos e produtos de beleza ou produtos em geral, voltados para o comércio ambulante. Além disso, pequena parte dos entrevistados obtiveram renda adicional por meio de mais de uma dessas atividades. Em nota, o Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), que encomendou a pesquisa, avaliou os resultados como preocupante em relação à Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que fixa dez metas para redução das desigualdades dentro dos países e também entre eles. “Os dados revelam que a maioria expressiva da população brasileira consegue perceber o aumento da pobreza no país, além de observar uma grande vulnerabilidade em relação às minorias sociais, como negros, mulheres e pessoas LGBTQIA+”, informou a entidade.

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