Queiroz recebeu R$ 2 milhões em 483 depósitos feitos por assessores de Flávio, diz revista

Dados repassados pelo banco ao MP mostram que foram 339 depósitos em dinheiro, 127 transferências bancárias e 17 depósitos de cheques, além de outros R$ 900 mil repassados a Fabrício Queiroz

  • Por Jovem Pan
  • 18/12/2019 17h16 - Atualizado em 18/12/2019 17h17
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Reprodução/Redes sociais Fabricio Queiroz, Flávio Bolsonaro e Jair Bolsonaro

Dados das quebras de sigilo bancário obtidos pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) revelam que o Fabrício Queiroz recebeu R$ 2 milhões de outros 13 assessores do senador Flávio Bolsonaro (sem partido), na época deputado estadual, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A informação é da revista Crusoé.

Segundo informações do MP no pedido de busca e apreensão feito à Justiça, foram 483 depósitos feitos na conta bancária de Queiroz provenientes de assessores subordinados ao filho do presidente Jair Bolsonaro.

O período analisado foi de 2007 a 2018. Flavio Bolsonaro, Queiroz e outros funcionários do atual senador foram alvos de operação do MP na manhã desta quarta-feira (18).

Na ocasião, agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Queiroz e outros ex-funcionários do senador, incluindo parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a apuração, os parentes de Ana Cristina ocuparam o gabinete do senador entre 2003 e 2018.

Dados repassados pelo banco ao MP mostram que foram 339 depósitos em dinheiro, 127 transferências bancárias e 17 depósitos de cheques, além de outros R$ 900 mil repassados a Queiroz, suja procedência ainda não identificada.

Os maiores valores repassados vieram da filha de Queiroz, Nathália Melo de Queiroz, que remeteu a conta do pai R$ 633,4 reais. A mulher do ex-assessor de Flávio Bolsonaro também repassou R$ 455,5 mil.

De acordo com o MP, Queiroz sacou, no mesmo período analisado, R$ 2,69 milhões em espécie de sua conta bancária. O MP-RJ suspeita que um esquema conhecido como “rachadinha” tenha sido montado no gabinete de Flávio, no qual funcionários são coagidos a transferir parte de seus pagamentos. A defesa afirma que o senador “está surpreso” e que “jamais existiu esquema de rachadinha” no gabinete do parlamentar.

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