Fabrício Queiroz e ex-assessores de Flávio Bolsonaro são alvos de operação no Rio

  • Por Jovem Pan
  • 18/12/2019 07h53 - Atualizado em 18/12/2019 09h37
Reprodução/Redes sociais Na mesa, Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz e Jair Bolsonaro fazem uma refeição

Ex-assessores do senador Flávio Bolsonaro, incluindo o policial militar aposentado, Fabrício Queiroz, são alvos de uma operação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) nesta quarta-feira (18).

Agentes de segurança estão cumprindo mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Queiroz e outros ex-funcionários do senador, incluindo nos de parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a apuração, os parentes de Ana Cristina ocuparam o gabinete do senador entre 2003 e 2018.

O objetivo do MP-RJ é investigar a suspeita de lavagem e desvio de dinheiro público nos gabinetes da Assembleia Legislativa do RJ (Alerj) quando Flávio ainda  era deputado.

Saiba quem são os alvos da operação:

Rio de Janeiro

  • Fabrício Queiroz, ex-motorista e ex-chefe de segurança de Flávio Bolsonaro

Resende (parentes de Ana Cristina Siqueira Valle)

  • José Procópio Valle, ex-sogro de Bolsonaro;
    Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada de Bolsonaro;
    Francisco Diniz, primo;
    Daniela Gomes, prima;
    Juliana Vargas, prima;
    Guilherme dos Santos Hudson, tio;
    Ana Maria Siqueira Hudson, tia;
    Maria José de Siqueira e Silva, tia;
    Marina Siqueira Diniz, tia.

Entenda o caso

Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro são alvos, desde julho do ano passado, de uma investigação sobre um esquema de “rachadinha” – quando servidores devolvem parte de seus salários aos deputados – no gabinete de Flávio. Na época, o antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf, hoje Unidade de Inteligência Financeira) descobriu uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão nas contas de Queiroz.

Em julho deste ano, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, atendeu a um pedido da defesa de Flávio e suspendeu as investigações, o que foi reforçado, em outubro, pelo minsitro Gilmar Mendes. Em 28 novembro, após um julgamento no STF, a apuração foi retomada.

Em áudios revelados pelo jornal Folha de S. Paulo neste ano, Queiroz demonstra preocupação com as investigações. “O MP tá com uma pica do tamanho de um cometa para enterrar na gente. Era para a gente ser a maior força, a gente. Está todo mundo temendo, todo mundo batendo cabeça”, diz. Em outro, mais antigo, o ex-assessor de Flávio oferece cargos no gabinete do então deputado.

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