Rede e PSOL protocolam pedido de cassação de Aécio Neves no Senado
Os partidos Rede e o PSOL protocolaram na tarde desta quinta-feira (18), um pedido de cassação de mandato do senador Aécio Neves (PSDB-MG) no Senado Federal. A representação por quebra de decoro parlamentar é baseada no suposto pedido de propina de R$ 2 milhões, delatado pelo dono do frigorífico da JBS, Joesley Batista.
Para o líder da Rede, Randolfe Rodrigues (AP), as acusações contra Aécio, que teria cometido crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e obstrução à Justiça, são “gravíssimas”.
“Lamentavelmente, nós entendemos que não existe mais condição alguma mais para que o continue exercendo o mandato. Tanto é que o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda hoje pediu o afastamento do senador”, declarou Randolfe.
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) lembrou que as duas legendas já fizeram outra “parceria vitoriosa” no ano passado, quando pediram a cassação do mandato do ex-presidente da Câmara e ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O Conselho de Ética do Senado ainda não foi instalado, pois a maioria dos partidos não indicou os integrantes do colegiado. Randolfe cobrou o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para que o Conselho seja instalado imediatamente. “Não há alternativa a não ser agora”, declarou.
Segundo a Mesa Diretora da Casa, embora o regimento determine que a instalação se dê entre fevereiro e março, a composição do último biênio aconteceu em junho de 2015 e ainda está valendo para questões emergenciais até o próximo mês.
Impeachment
Mais cedo, a Rede e o PSOL protocolaram mais um pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer. O pedido é o segundo feito por um parlamentar da Rede. Na noite de ontem, o deputado Alessandro Molon (RJ) também apresentou representação contra o presidente na Câmara.
O pedido de impeachment foi assinado por Randolfe, pelo porta-voz da Rede, Zé Gustavo, e pelo advogado do partido, Danilo Morais dos Santos. A representação tem por base o áudio entre donos da JBS e o presidente, que autoriza a compra de silêncio de Eduardo Cunha, preso em Curitiba.
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