Renan ataca Gleisi, sessão de julgamento é suspensa e almoço antecipado

  • Por Jovem Pan com Agência Brasil
  • 26/08/2016 12h16
  • BlueSky

Renan fez duro discurso Pedro França/Agência Senado Renan fez duro discurso

Passadas menos de duas horas desde o reinício dos trabalhos da sessão de julgamento do processo de impeachment de Dilma Rousseff, desentendimentos entre senadores levaram o presidente do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski a suspender a sessão duas vezes. Na última interrupção, o magistrado decidiu antecipar o horário do almoço e o julgamento será retomado às 13h.

“Desqualificado”

O senador petista Lindbergh Farias (RJ) pediu a palavra e atacou o democrata Ronaldo Caiado (GO), que o antecedeceu. “Esse senador que me antecedeu é um desqualificado. O que fez com senadora Gleisi é de covardia impressionante, dizer que ela tentou aliciar testemunha”, afirmou o petista.

Na sequência, Lewandowski alertou Lindbergh. “Não posso admitir palavras injuriosas dirigidas a qualquer senador. Vou usar meu poder de polícia para exigir respeito mútuo e recíproco.”

Caiado respondeu fora dos microfones. Disse que Lindbergh tem mais de 30 processos no STF e “cracolândia em seu gabinete”. Como o tumulto continuou, o presidente do STF pediu que os microfones fossem desligados e a sessão suspensa por cinco minutos.

“Burrice infinita”

A sessão foi retomada com o apelo feito pelo presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), que até agora não tinha se manifestado. O peemedebista pediu que os senadores não repitam questões de ordem, mas esquentou o clima ao lembrar da declaração feita ontem pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) que provocou o primeiro grande tumulto do julgamento.

“Esta sessão é uma demonstração de que a burrice é infinita. A senadora Gleisi chegou ao cúmulo de dizer que o Senado não tem condição moral de julgar a presidente”, afirmou.

PITACO DA JOVEM PANSerá que desta vez Renan Calheiros, antes aliado de Dilma, mudou definitivamente de lado?

Esquentando ainda mais o ambiente e provocando a reação imediata de petistas, Renan lembrou que Gleisi e o marido, o ex-ministro das Comunicações do governo Dilma, Paulo Bernardo, foram indiciados por corrupção passiva na Operação Lava Jato. Os dois são acusados de receber propina de contratos oriundos da Petrobras. Gleisi se aproximou do microfone aos gritos de “mentira”.

Renan afirmou que o Senado passando para a sociedade a impressão de que Lewandowski era obrigado a “presidir um julgamento em um hospício” e que nenhum dos lados ganharia a disputa baseada em bate boca político.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.