Ricardo Nunes critica paralisação do Metrô e da CPTM: ‘Greve ideológica apoiada por partidos como o PSOL’

Em seu perfil no X (antigo Twitter), prefeito da capital criticou paralisação e afirmou que as autoridades trabalham para ajudar os trabalhadores; o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) apontou ‘intransigência’ do governo nas negociações

  • Por Jovem Pan
  • 03/10/2023 10h18 - Atualizado em 03/10/2023 11h47
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ANDRÉ RIBEIRO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Ricardo Nunes Prefeito usou redes sociais para criticar o movimento, mas apagou texto minutos após a publicação

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), usou as redes sociais para criticar a greve dos funcionários do Metrô, da CPTM e da Sabesp que acontece nesta terça-feira, 3. Em seu perfil no X (antigo Twitter), o prefeito disse que a paralisação de “ideológica” e que as autoridades estão trabalhando para ajudar os que “realmente trabalham”. “Lamentamos que nossa população seja prejudicada por 1 greve ideológica, apoiada por partidos como o PSOL, da Presidente do Sindicato dos Metroviários. Uma greve que não está, sequer, respeitando a decisão da Justiça. Estamos trabalhando para ajudar aqueles que realmente trabalham”, disse Nunes. Minutos depois da publicação, o prefeito de São Paulo apagou o post. A crítica do prefeito foi republicada por volta das 11h.

Minutos depois, foi a vez do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) falar sobre a greve, criticando a intransigência do governo de São Paulo, dizendo que as autoridades se recusaram a apostar no diálogo. “A intransigência do Governo de SP é a grande responsável pela Greve de hoje no Metrô/CPTM. Os trabalhadores propuseram em juízo liberar as catracas em vez da paralisação, pra não prejudicar os usuários. O Governo Estadual recusou a proposta. Apostou no conflito e não no diálogo”, escreveu o deputado federal.

O governador do Estado de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), também se posicionou contra a greve, criticando uma “confusão” entre sindicatos e partidos políticos, sem citar nominalmente nenhuma sigla. “Infelizmente a gente tem hoje uma confusão de sindicato com partido político, o controle desses sindicatos por determinados partidos. Partidos que já mostram que não tem a menor disposição para dialogar e estão pleiteando, por exemplo, eleição municipal no ano que vem. Eu fico me perguntando, o que será de uma cidade governada por uma pessoa que não vai querer dialogar com o governo?”, disse o Tarcísio, que também criticou a quantidade de paralisações. “É a quarta tentativa de greve e a segunda efetivada, em um período curto. […] A gente daqui a pouco vai encerrar uma greve em outubro, e eles vão planejar a greve de novembro, de dezembro, de janeiro e depois vai vir a greve de março. Qual o limite disso? Qual o limite de tantos movimentos? Se isso não é abuso do direito de greve, sinceramente eu não sei o que é “, afirmou o governador.

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